Oficial da PM é flagrado espancando mulher algemada - vídeo
Caso o PM seja expulso pode tentar carreira no Carrefour
O segundo-tenente André Luiz Leonel Andrea, comandante do 3º Pelotão em Bodoquena (MS) foi flagrado em vídeo de câmeras de segurança dando socos e chutes contra uma mulher que estava algemada. A mulher seria uma empresária e foi detida após se desentender em um restaurante de onde tentava levar comida para uma filha de três anos que sofreria de autismo. O fato aconteceu dentro do quartel da PM de Bonito, a 297 quilômetros de Campo Grande, no dia 26 de setembro, mas o vídeo foi divulgado apenas agora.
O policial empurra a mulher contra a parede. Ela tenta se defender com os pés, mas acaba apanhando com tapas, depois socos e chutes. Na cena, outro PM ainda parece segurar a mulher na cadeira para que o colega continue batendo. Em seguida uma policial consegue conter o colega de farda, mas não acode a vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher se envolveu em confusão em um restaurante quando tentava levar comida à sua filha de 3 anos, que tem autismo.
O B.O. diz que ela estava bêbada e teria desacatado os policiais, registrando a prisão por ameaça, dano, desacato e embriaguez. O boletim, no entanto, não faz menção às agressões do policial.Com informações do Campo Grande News.
Após a repercussão, o comando da PM de MS disse ter aberto um procedimento interno para apurar a conduta dos policiais que foram identificados. A vítima revelou que estava em Bonito com seus quatro filhos para comemorar o próprio aniversário de 44 anos.
Segundo ela, o caso ocorreu após pedir para que embrulhassem a comida da filha, de três anos, que é autista. Como o serviço demorou, a filha começou a reclamar - o que levou a mulher a pedir pressa aos funcionários. A partir daí houve discussão e a chegada da polícia. Uma funcionária do restaurante, segundo a mulher, xingou sua filha de "verme da sociedade", o que a fez se ofender e responder com veemência.
Segundo ela, a violência vista no vídeo aconteceu diante dos seus filhos que também foram levados para a unidade da PM.
NdaR - Caso seja expulso, o policial poderá reivindicar uma vaga de segurança no Carrefour.
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