Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2020
Peregrinando por bares do Rio reencontrei Gabriela
 | | A foto é divulgação. Mas o cenário era esse. Só a caipirinha que era de limão. |
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Por Fábio Lau*
Na noite de terça saí de casa para assistir "Parasita", o coreano que dizem ser um soco no estômago, algo como o Bacurau de lá, e que ganhou o Globo de Ouro. Está no Estação Net de Botafogo. O engarrafamento me impediu. A sessão era 21h10 e achava, por alguma razão, que a sessão era 21h30.
Para não perder a viagem, pensei: vou conhecer o tal "Comuna", um bar na Sorocaba que alguns amigos disseram ser interessante. Entrei no bar errado, um tal Alfa Bar, que fica em frente. Me dei conta quando já olhava o cardápio.
Fiquei entre permanecer ou sair. Mas a zoeira, a acústica absurda e o falatório inimaginável, com decibéis além da capacidade humana, me fizeram sair. E o bar estava relativamente vazio. Descubro então que o "Comuna" ficava em frente. Do outro lado da rua. Não tem letreiro. Deve ser para driblar bolsomínion. Arrisquei ir à porta - é um beco, um corredor, molhado, mal iluminado, esquisito. Desisti.
Então dei o último tiro que sabia ser certeiro. Onde?
"Sabores de Gabriela". Fica na Maria Angélica, no Jardim Botânico.
Lá a caipirinha é a melhor do Rio (impressionante como os caras sabem equilibrar gelo, limão, cachaça e açúcar - algo que parece simples, mas não é. Eu mesmo não consigo me dar nota 7,5) e servem mini acarajés com a crocância da acarajé da Cira, de Salvador - a melhor do mundo, mas com a vantagem de ficar no Rio.
Três caipirinhas e quatro mini acarajés.
Resumindo : dá para ser feliz, só não pode esquentar a cabeça.
Dá para acreditar no bar que carrega a essência de Jorge Amado.
O tal Alfa Bar é bom de nome. Mas ruim de acústica.
O "Comuna" também é bom de nome, mas precisa melhorar a comunicação - para poder falar mal do que tem lá dentro - ou não.
* Fábio Lau é apreciador de bons bares. Mas precisa ser limpo.
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