Doença de Addison: o que é, sintomas, causas e tratamento

A Doença de Addison é um transtorno endócrino onde as glândulas adrenais produzem insuficientes hormônios. Causa fadiga, perda de peso e tontura. O tratamento envolve reposição hormonal.

A Doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal primária, é uma desordem endócrina caracterizada pela incapacidade das glândulas adrenais de produzir hormônios suficientes. É uma condição que pode afetar pessoas de todas as idades e requer uma compreensão abrangente para um manejo eficaz. Neste artigo, exploraremos em detalhes os sintomas, como confirmar o diagnóstico, suas possíveis causas e como é feito o tratamento da Doença de Addison.

Principais sintomas

Os sintomas da Doença de Addison podem ser sutis no início e se tornarem mais evidentes conforme a condição progride. Geralmente, os sinais iniciais incluem fadiga extrema, fraqueza muscular, perda de peso involuntária e uma intensa ânsia por sal. À medida que a produção de cortisol e aldosterona – hormônios adrenais – diminui, os pacientes podem experimentar uma maior pigmentação da pele, especialmente em áreas não expostas ao sol, cicatrizes e linhas das palmas das mãos e dos joelhos.

Outros sintomas comuns incluem dores abdominais, náuseas, diarreia ou constipação, hipotensão (pressão arterial baixa), que pode causar tonturas ao se levantar, e até desejos por alimentos salgados devido à diminuição da aldosterona. A fadiga pode ser avassaladora e afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, impedindo-os de realizar atividades diárias.

Como confirmar o diagnóstico

Confirmar o diagnóstico de Doença de Addison envolve uma abordagem multifatorial. Inicialmente, a coleta de um histórico médico detalhado e um exame físico são fundamentais. Os médicos podem buscar sinais como hiperpigmentação e verificar se os sintomas relatados se alinham com a insuficiência adrenal.

Testes laboratoriais desempenham um papel crucial no diagnóstico. A dosagem de eletrólitos pode revelar níveis elevados de potássio e baixos de sódio, um indicativo comum da doença. Testes de função adrenal, como o teste de estimulação do ACTH, são essenciais. Neste teste, mede-se os níveis de cortisol no sangue antes e depois da administração de hormônio adrenocorticotrópico sintético (ACTH). Se os níveis de cortisol não aumentam adequadamente após a administração de ACTH, isso pode indicar insuficiência adrenal.

Testes de imagem, como tomografias computadorizadas (TC) ou ressonâncias magnéticas (MRI) das glândulas adrenais, também podem ser utilizadas para identificar anormalidades estruturais ou outras condições que possam estar contribuindo para os sintomas.

Possíveis causas

A Doença de Addison pode ser causada por diversos fatores que levam ao dano das glândulas adrenais. Uma das causas mais comuns é a destruição autoimune, onde o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente as glândulas adrenais. Estima-se que esta seja a razão em aproximadamente 70% a 90% dos casos em países industrializados.

Outras causas menos frequentes incluem infecções, como a tuberculose, que historicamente foi uma das principais causas da doença. Metástases de câncer para as glândulas adrenais, hemorragias adrenais substanciais, ou condições genéticas, como a adrenoleucodistrofia, também podem resultar em insuficiência adrenal.

É importante notar que a insuficiência adrenal secundária, que ocorre devido a problemas na glândula pituitária ou no hipotálamo, não é classificada como Doença de Addison, embora possa apresentar sintomas semelhantes.

Como é feito o tratamento

O tratamento da Doença de Addison foca na reposição hormonal para substituir os hormônios que as glândulas adrenais não conseguem produzir em quantidade suficiente. Geralmente, o cortisol é substituído por hidrocortisona, prednisona ou dexametasona, e a aldosterona por fludrocortisona. A dosagem é cuidadosamente ajustada de acordo com as necessidades individuais do paciente, e a monitorização regular é essencial para garantir que os níveis hormonais permaneçam estáveis.

A suplementação de sal pode ser recomendada, especialmente em casos de hipotensão ou durante períodos de intenso calor ou exercício, onde a perda de sal através da transpiração pode ser significativa.

Pacientes com Doença de Addison também devem estar sempre atentos a sinais de crise adrenal – uma emergência médica caracterizada por vômitos, dor abdominal extrema, fraqueza e confusão. Nesses casos, a administração imediata de cortisol intravenoso é vital para evitar complicações graves.

Viver com Doença de Addison requer um acompanhamento médico contínuo e uma gestão cuidadosa, mas com o tratamento apropriado, os pacientes podem levar uma vida plena e ativa. A adesão ao plano de tratamento e a comunicação regular com a equipe de saúde são fundamentais no manejo desta condição crônica.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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