Ciclotimia: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

Ciclotimia é um transtorno de humor leve, alternando fases de hipomania e depressão. Seus sintomas são oscilações de humor. Diagnosticada clinicamente, requer tratamento psicoterápico e, às vezes, medicamentoso.

Ciclotimia é um distorno do humor caracterizado por flutuações entre períodos de leve depressão e hipomania. Embora menos intensa que a bipolaridade, a ciclotimia pode afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas que dela sofrem. Este artigo é uma tentativa de esclarecer os principais aspectos deste transtorno incluindo sintomas, diagnóstico e tratamentos disponíveis.

Principais sintomas

A ciclotimia é marcada por uma série de sintomas que vão desde a elevação leve do humor até períodos de depressão, que apesar de não atingirem a gravidade da depressão maior, podem ainda assim ser bastante perturbadores. Durante a fase hipomaníaca, a pessoa pode experimentar um aumento da energia, uma sensação de bem-estar, fala acelerada, pensamentos agitados, e uma notável diminuição na necessidade de sono. Contudo, é comum que esses sintomas não sejam reconhecidos como problemáticos pela pessoa que os vivencia, muitas vezes sendo vistos até mesmo como um período particularmente produtivo ou criativo.

Em contrapartida, nos períodos depressivos, os sintomas incluem tristeza persistente, falta de energia, alterações significativas no apetite ou no peso, dificuldades de concentração, sentimentos de desesperança, e em casos mais graves, pensamentos suicidas. O desafio no reconhecimento da ciclotimia frequentemente reside na sua manifestação mais branda comparada com outros transtornos de humor, o que pode levar as pessoas a não buscar ajuda ou a terem suas dificuldades minimizadas.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da ciclotimia é um processo detalhado que começa pela exclusão de outros transtornos psiquiátricos que possam apresentar sintomas semelhantes, como o próprio transtorno bipolar. É fundamental que o diagnóstico seja realizado por um profissional de saúde mental, tal como um psiquiatra, que realizará uma avaliação cuidadosa do histórico clínico do paciente.

Durante a consulta, o psiquiatra irá investigar a duração e intensidade dos episódios de alteração de humor. Para um diagnóstico de ciclotimia, os sintomas deverão ter persistido por pelo menos dois anos, com períodos de estabilidade emocional não excedendo dois meses. Um diagnóstico preciso também requer que os sintomas não sejam melhor explicados por outro transtorno psiquiátrico ou uso de substâncias.

Devido à natureza do transtorno, o diagnóstico pode ser complicado e demorado, exigindo um acompanhamento contínuo para a correta identificação do padrão sintomático.

Tratamento para ciclotimia

Apesar de não haver cura para a ciclotimia, uma variedade de tratamentos está disponível para ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. O tratamento usualmente envolve uma combinação de medicação e psicoterapia.

Medicamentos como estabilizadores de humor e, em alguns casos, antidepressivos, podem ser prescritos para ajudar no controle das flutuações do estado de ânimo. É fundamental que essa medicação seja monitorada de perto pelo psiquiatra, dada a possibilidade de desencadear uma mania em indivíduos suscetíveis.

A psicoterapia, particularmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), tem se mostrado eficaz no tratamento da ciclotimia. A TCC ajuda os indivíduos a identificar e alterar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para o ciclo de humor, além de ensinar estratégias de enfrentamento para lidar com os sintomas. A terapia interpessoal e a psicoeducação também são abordagens úteis, ajudando na melhoria das relações sociais e no entendimento do transtorno, respectivamente.

Embora o tratamento possa não eliminar completamente os sintomas, ele pode reduzir significativamente sua intensidade e frequência, permitindo que os indivíduos afetados levem uma vida mais equilibrada e satisfatória.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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