Angioedema hereditário: o que é, sintomas, causas e tratamento

Angioedema hereditário é um distúrbio genético raro que causa inchaço grave, especialmente em extremidades e face, devido a baixos níveis de C1-inibidor. Tratamento inclui medicamentos específicos.

Angioedema Hereditário: O que é, sintomas, causas e tratamento

O Angioedema Hereditário (AEH) é uma condição rara e genética que provoca inchaços recorrentes em várias partes do corpo, incluindo extremidades, face, trato gastrointestinal e vias aéreas. Diferente do angioedema adquirido, que pode ser desencadeado por alergias, o AEH ocorre sem a presença de agentes alérgicos e é causado por um defeito na produção ou função da proteína inibidora do C1 esterase, fundamental para controlar as reações inflamatórias no organismo.

Os sintomas do AEH incluem episódios de inchaço, também chamados de ataques, que podem variar em gravidade e duração. Estes ataques podem ser extremamente dolorosos e, nos casos em que afetam as vias aéreas, potencialmente fatais devido ao risco de asfixia. Além do inchaço, alguns pacientes experimentam fadiga crônica, dores musculares e distúrbios emocionais como ansiedade e depressão, em decorrência da doença.

O angioedema hereditário é causado por mutações genéticas herdadas dos pais. Existem três tipos principais de AEH: os tipos I e II são resultantes de mutações no gene SERPING1, que leva a uma quantidade insuficiente ou disfuncional da proteína inibidora do C1 esterase. O tipo III, menos compreendido, afeta principalmente mulheres e as conexões genéticas exatas ainda estão sendo estudadas.

Como confirmar o diagnóstico

Confirmar o diagnóstico de Angioedema Hereditário é fundamental para um tratamento eficaz e prevenção de ataques severos. O diagnóstico começa com um exame clínico detalhado, seguido pela análise do histórico familiar do paciente para verificar se há casos similares na família, sugerindo a hereditariedade da condição.

Exames laboratoriais são cruciais para a confirmação. Esses testes geralmente medem os níveis e a funcionalidade da proteína inibidora do C1 esterase no sangue. Para os tipos I e II de AEH, os resultados típicos incluem níveis baixos (no tipo I) ou níveis normais, mas com funcionamento inadequado da proteína (no tipo II). Para o tipo III, que não apresenta alterações nestes exames, testes genéticos podem ser úteis para identificar mutações específicas associadas à condição.

O que fazer durante a gravidez

A gestação pode representar um período de especial preocupação para mulheres com Angioedema Hereditário, dado que as mudanças hormonais podem influenciar a frequência e a gravidade dos ataques. É essencial que a gravidez de mulheres com AEH seja considerada de alto risco e acompanhada de perto por uma equipe multidisciplinar especializada, incluindo obstetras, alergologistas ou imunologistas.

O tratamento durante a gravidez requer uma abordagem cuidadosa, pois alguns medicamentos usados para controlar os sintomas do AEH podem não ser seguros para o bebê. A terapia de reposição com proteína inibidora do C1 esterase, considerada segura durante a gestação, é frequentemente recomendada. Além disso, é crucial desenvolver um plano de parto detalhado que antecipe a possibilidade de um ataque de angioedema durante o trabalho de parto, garantindo a segurança tanto da mãe quanto do bebê.

Durante a gestação, o acompanhamento médico regular é vital para ajustar o tratamento conforme necessário e monitorar tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento fetal.

Perguntas frequentes

**O Angioedema Hereditário tem cura?**
Atualmente, não existe cura para o Angioedema Hereditário. O tratamento foca na prevenção dos ataques, controle dos sintomas e manutenção da qualidade de vida do paciente.

**Quem herda Angioedema Hereditário?**
O AEH é uma condição genética e pode ser herdada de pais que possuem a mutação responsável pela doença. Cada filho de um pai ou mãe com AEH tem 50% de chances de herdar a condição.

**É seguro engravidar tendo Angioedema Hereditário?**
Mulheres com AEH podem ter gestações bem-sucedidas, mas é crucial que sejam acompanhadas por uma equipe de saúde especializada em alto risco obstétrico, devido às complicações potenciais associadas à doença e aos tratamentos durante a gravidez.

**Como é o tratamento para Angioedema Hereditário?**
O tratamento pode incluir medicamentos preventivos para reduzir a frequência dos ataques, terapia de reposição da proteína inibidora do C1 esterase e tratamentos agudos para controlar os ataques quando ocorrem. A abordagem terapêutica deve ser personalizada para cada paciente.

**Angioedema Hereditário afeta a expectativa de vida?**
Com o diagnóstico correto e tratamento adequado, indivíduos com AEH podem ter uma expectativa de vida normal. No entanto, sem tratamento, ataques severos, especialmente aqueles que afetam as vias aéreas, podem ser fatais.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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