Síndrome de Lennox-Gastaut: o que é, sintomas, causas e tratamento

Síndrome de Lennox-Gastaut é uma forma grave de epilepsia infantil, com múltiplos tipos de convulsões, atraso cognitivo e dificuldades de aprendizagem. Tratamento envolve medicamentos, dieta cetogênica e, em alguns casos, cirurgia.

A Síndrome de Lennox-Gastaut é uma condição neurológica rara e grave que afeta principalmente crianças, mas que pode continuar até a idade adulta. Caracterizando-se por crises epilépticas frequentes e variadas, atraso no desenvolvimento mental e psicomotor, e padrões específicos no eletroencefalograma (EEG), essa síndrome representa um desafio tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento. Neste artigo, exploraremos os principais aspectos da Síndrome de Lennox-Gastaut, mergulhando nos sintomas, causas, diagnóstico e opções terapêuticas disponíveis.

Principais sintomas

Os sintomas da Síndrome de Lennox-Gastaut são diversificados, resultando em uma condição altamente complexa. O mais notório entre eles são as múltiplas formas de crises epilépticas. As crianças afetadas podem experimentar crises tônicas, que são o endurecimento súbito do corpo, crises atônicas, onde há perda súbita do tônus muscular levando a quedas, além de ausências típicas e atípicas, onde há uma breve perda de consciência. Espasmos epilépticos, ataques durante o sono e crises parciais também podem ocorrer. Além das manifestações físicas, há um comprometimento cognitivo significativo, com atrasos no desenvolvimento e problemas de aprendizado e comportamento.

Possíveis causas

A etiologia da Síndrome de Lennox-Gastaut é heterogênea, significando que pode ser resultado de várias condições subjacentes. Em muitos casos, a causa exata é desconhecida, mas é comumente associada a lesões cerebrais, que podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. Malformações cerebrais, condições genéticas, infecções do sistema nervoso central, síndromes neurocutâneas e tumores cerebrais são algumas das condições potencialmente responsáveis. Interessantemente, uma proporção dos casos é evolutiva, proveniente de outras síndromes epilépticas da infância, como a Síndrome de West.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da Síndrome de Lennox-Gastaut baseia-se na combinação de história clínica, características das crises e achados eletroencefalográficos. O EEG é crucial, revelando padrões típicos como a lentificação difusa e surtos de atividade lenta e rápida (padrão slow spike-wave). Este exame pode ser complementado por ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) do cérebro para identificar possíveis lesões estruturais. O reconhecimento precoce dessa síndrome é fundamental para evitar o atraso no tratamento e minimizar o impacto sobre o desenvolvimento da criança.

Como é feito o tratamento

O tratamento da Síndrome de Lennox-Gastaut é desafiador e exige uma abordagem multifacetada. Não existe uma cura, portanto, o objetivo é controlar as crises, melhorar o desenvolvimento neuropsicomotor e a qualidade de vida. A terapêutica antiepiléptica é a primeira linha de tratamento, com várias medicações disponíveis. Valproato de sódio, lamotrigina e topiramato são comumente prescritos, enquanto o uso de benzodiazepínicos, como clobazam, pode ser eficaz para controlar certos tipos de crises. Dietas cetogênicas e terapias como a estimulação do nervo vago também podem ser consideradas. Em casos selecionados, procedimentos cirúrgicos, como a calosotomia (corte do corpo caloso), podem ser indicados para diminuir a frequência e severidade das crises. Contudo, uma abordagem individualizada baseada nas necessidades específicas de cada paciente e suas respostas ao tratamento é essencial para o manejo eficaz da síndrome.

A Síndrome de Lennox-Gastaut continua sendo um grande desafio na prática neurológica e pediátrica. Contudo, avanços no diagnóstico e nas opções terapêuticas têm melhorado significativamente a qualidade de vida das crianças afetadas. A compreensão e o reconhecimento precoces tornam-se cruciais na jornada para lidar com essa complexa condição.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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