Oncocercose: o que é, sintomas e tratamento

Oncocercose, conhecida como cegueira dos rios, é causada por parasitas, levando a coceira intensa, lesões de pele e cegueira. Trata-se com Ivermectina.

Oncocercose: o que é?

A oncocercose, comumente conhecida como cegueira dos rios, é uma doença parasitária tropical, provocada pela infecção do nematoide Onchocerca volvulus. Este parasita é transmitido para humanos através da picada de moscas negras infectadas do gênero Simulium, prevalentes nas áreas próximas a rios e riachos em regiões da África subsaariana, América Latina e partes da península Arábica. A doença caracteriza-se por uma infecção crônica, que pode perdurar por vários anos, afetando principalmente a pele e os olhos, levando em casos graves à cegueira.

Sintomas de oncocercose

O ciclo de vida do Onchocerca volvulus no corpo humano é complexo, começando com a infecção por larvas microscópicas através da picada de uma mosca negra. Uma vez dentro do hospedeiro, as larvas evoluem para adultos, formando nódulos fibrosos, principalmente sob a pele. Os sintomas da oncocercose podem variar significativamente, dependendo da localização dos parasitas e do número de microfilárias produzidas. Dentre os sintomas mais comuns estão coceira intensa, erupções cutâneas, lesões oculares e, eventualmente, a cegueira. Também se observam em alguns pacientes, nódulos subcutâneos (oncocercomas) que, apesar de serem geralmente indolores, podem causar desconforto estético e físico.

Como é o diagnóstico

O diagnóstico da oncocercose baseia-se em uma combinação de critérios epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Em regiões endêmicas, a história de exposição à picada de moscas negras, somada aos sintomas característicos, como erupções cutâneas e nódulos subcutâneos, já indica a possibilidade da doença. Exames laboratoriais específicos, como a microscopia de amostras de pele (biópsia cutânea) para detectar a presença de microfilárias, são essenciais para a confirmação diagnóstica. Testes sorológicos também podem ser utilizados para identificar anticorpos contra o parasita, embora possam apresentar limitações em termos de especificidade e sensibilidade.

Tratamento da oncocercose

O tratamento da oncocercose tem evoluído consideravelmente ao longo dos anos. Atualmente, a Ivermectina é o medicamento de escolha, administrada em dose única anual ou semianual, que efetivamente mata as microfilárias, reduzindo assim a infecção e prevenindo a progressão da doença. Notavelmente, a Ivermectina não extermina os vermes adultos, que podem viver até 15 anos no corpo humano, mas diminui substancialmente a produção de microfilárias. Em algumas situações, pode ser necessária a remoção cirúrgica dos nódulos subcutâneos, principalmente com o objetivo de aliviar o desconforto ou por razões estéticas. É importante salientar que, embora o tratamento reduza os sintomas e interrompa a transmissão do parasita, não repara o dano ocular preexistente, o que destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

Como prevenir

A prevenção da oncocercose concentra-se principalmente na redução da exposição às moscas negras infectadas e na interrupção da transmissão do Onchocerca volvulus. Estratégias eficazes incluem o uso de repelentes, vestuário que cubra a maior parte do corpo para diminuir as picadas de mosca, e a instalação de redes e cortinas tratadas com inseticida em áreas de habitação. Um componente crucial nos esforços de prevenção é a administração em massa de Ivermectina nas comunidades afetadas, um programa que tem sido instrumental na redução da incidência da oncocercose em várias regiões endêmicas. Além disso, melhorias nas condições sanitárias e medidas para controlar as populações de moscas negras, como o tratamento de corpos de água para matar larvas de moscas, também são fundamentais para a prevenção sustentável da oncocercose.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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