O que fazer em caso de prolapso retal

Se apresentar prolapso retal, busque ajuda médica imediatamente. Evite esforços e mantenha a área limpa. O tratamento pode incluir exercícios pélvicos.

O que fazer em casa

Quando alguém se depara com os sintomas de prolapso retal, a primeira medida é tentar resolver ou aliviar os desconfortos em casa, antes de procurar intervenções cirúrgicas mais sérias. Uma prática fundamental é a mudança na dieta, adotando uma alimentação rica em fibras, para facilitar o trânsito intestinal e evitar esforços durante a evacuação, que podem piorar o prolapso. Alimentos como frutas, legumes, verduras, e a ingestão adequada de água são recomendações essenciais.

A prática regular de atividades físicas também é uma componente chave, pois ajuda a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, reduzindo, assim, o risco de um prolapso se agravar. Para isso, exercícios específicos de fortalecimento do assoalho pélvico, conhecidos como exercícios de Kegel, podem ser particularmente úteis. Essas práticas devem estar acompanhadas de um bom controle do peso, evitando a obesidade, que é um fator de risco para o desenvolvimento e agravamento do prolapso retal.

Além desses cuidados diários, o uso de laxantes naturais pode ser indicado para regular o intestino, mas sua utilização deve ser sempre supervisionada por um profissional de saúde para evitar dependência ou impactos adversos na saúde intestinal. Outro ponto importante é a consulta regular ao médico, que pode acompanhar a evolução do prolapso e orientar sobre os melhores tratamentos não invasivos, conforme cada caso.

Cirurgia para prolapso retal

A cirurgia para o tratamento do prolapso retal é considerada quando as medidas não cirúrgicas não apresentam o sucesso esperado ou quando o prolapso é de tal gravidade que outras abordagens são ineficazes. Existe mais de um tipo de cirurgia para o prolapso retal, sendo a escolha do procedimento dependente de diversos fatores, incluindo a gravidade do prolapso, a idade do paciente, condições de saúde gerais, e os desejos pessoais do paciente.

Uma das cirurgias comuns é a retopexia, que consiste na fixação do reto à sua posição original no abdômen, podendo ser realizada através de técnicas abertas ou laparoscópicas, estas últimas com a vantagem de menor tempo de recuperação e menor dor pós-operatória. Outra abordagem é a ressecção do segmento retal prolapsado, indicada em casos em que existe excesso de tecido.

É vital discutir com o médico as potenciais complicações e os resultados esperados da cirurgia. Embora a cirurgia possa oferecer um alívio significativo e melhorar a qualidade de vida, como qualquer procedimento cirúrgico, tem seus riscos e possíveis complicações, incluindo infecções, sangramento, ou problemas relacionados à anestesia.

O que acontece se não for feito tratamento

Ignorar ou adiar o tratamento do prolapso retal pode levar a complicações consideravelmente graves. Sem o tratamento apropriado, o prolapso pode se agravar, aumentando os riscos de danos e infecções. À medida que o tecido retal permanece deslocado, pode ocorrer uma diminuição no suprimento de sangue para a área, acarretando necrose do tecido prolapsado. Esta situação emergencial exige atenção médica imediata.

Além dos riscos físicos, o prolapso retal não tratado pode ter um profundo impacto na qualidade de vida do indivíduo, contribuindo para o desenvolvimento de problemas psicológicos como baixa autoestima e depressão, em função das mudanças na imagem corporal e limitações que impõe às atividades diárias.

A incontinência fecal é outra complicação possível que pode ocorrer se um prolapso retal permanecer sem tratamento. A perda do controle dos esfíncteres anais devido ao prolapso pode levar a situações constrangedoras e ao isolamento social, afetando profundamente o bem-estar do indivíduo.

Quem tem maior risco de prolapso

Determinados grupos demográficos e condições específicas são conhecidos por terem um risco elevado de desenvolver prolapso retal. As mulheres, especialmente após a menopausa, representam o grupo mais comumente afetado pelo prolapso retal, em parte devido aos efeitos do parto nos músculos e tecidos do assoalho pélvico. Além disso, o envelhecimento natural contribui para a diminuição da força muscular e da elasticidade dos tecidos, elevando o risco de prolapsos em geral.

Os indivíduos que sofrem de constipação crônica estão também em risco aumentado, devido ao esforço repetido necessário para evacuar, que pode enfraquecer os músculos do assoalho pélvico e causar o prolapso. Similarmente, aqueles com histórico de cirurgia pélvica anterior podem ter uma probabilidade maior de enfrentar um prolapso retal, uma vez que tais procedimentos podem afetar a integridade estrutural da região.

A obesidade é outro fator de risco significativo, pela pressão adicional que o peso extra exerce sobre os órgãos pélvicos e os músculos de suporte. A adesão a um estilo de vida saudável, que inclua controle de peso, uma dieta rica em fibras e prática regular de exercícios, pode ajudar na prevenção do prolapso ou no alívio dos sintomas em indivíduos afetados.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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