Histerossonografia: o que é, para que serve e como é feita

Histerossonografia é um exame de ultrassom especial que avalia o útero, identificando anormalidades. Realiza-se injetando solução salina para melhor visualização.

A histerossonografia, também conhecida como ultrassonografia saline infusion sonohysterography (SIS), é um exame de imagem complementar à ultrassonografia tradicional utilizada para avaliar a cavidade uterina e a patência tubária. Utilizando uma solução salina como meio de contraste, este procedimento permite um detalhamento significativo do espaço intrauterino, otimizando a detecção de anormalidades que podem não ser evidenciadas em um ultrassom convencional.

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Para que serve

A histerossonografia serve primordialmente para investigar causas de sangramento uterino anormal, infertilidade, perdas gestacionais de repetição, e dor pélvica suspeita de origem uterina. Ela oferece uma imagem mais detalhada da morfologia da cavidade uterina, podendo identificar polipos, miomas submucosos, aderências intrauterinas (sinéquias), e malformações uterinas com bastante precisão. Adicionalmente, este exame pode ser empregado na avaliação da cavidade uterina pré e pós-operatória, auxiliando no planejamento cirúrgico e na verificação do sucesso de procedimentos como a remoção de miomas ou polipos.

A avaliação da patência das tubas uterinas também é possível através da histerossonografia. Embora não ofereça uma imagem tão detalhada quanto a histerossalpingografia (radiografias das tubas uterinas), este método tem a vantagem de ser menos invasivo e causar menos desconforto, sendo uma alternativa preferencial para muitas pacientes.

Como é feito

O procedimento da histerossonografia é realizado preferencialmente na primeira metade do ciclo menstrual, após o término da menstruação e antes da ovulação, para garantir que a cavidade uterina esteja mais facilmente avaliável e reduzir o risco de uma possível interrupção de uma gravidez inicial não diagnosticada.

Inicialmente, a paciente é submetida a uma ultrassonografia pélvica transvaginal convencional para avaliar o útero e os ovários. Após essa avaliação preliminar, procede-se à antissepsia da região genital, e um espéculo vaginal é inserido para visualização do colo do útero. Uma fina sonda, similar à utilizada em um Papanicolau, é então delicadamente inserida através do canal cervical até alcançar a cavidade uterina. Esse cateter é conectado a um frasco contendo a solução salina estéril, que é gradualmente injetada na cavidade uterina sob controle ultrassonográfico.

A infusão da solução salina expande a cavidade uterina, separando as paredes uterinas e proporcionando uma imagem clara e detalhada das estruturas internas. Durante a infusão, o médico realiza cuidadosamente a ultrassonografia transvaginal, observando a cavidade uterina em busca de anormalidades. O procedimento todo dura, em média, de 15 a 30 minutos e pode provocar um desconforto leve a moderado, semelhante a cólicas menstruais.

Apesar de ser um procedimento amplamente considerado seguro, algumas complicações raras podem ocorrer, incluindo infecção, sangramento ou, muito raramente, perfuração do útero. Por isso, é importante a realização do exame por um profissional experiente e em um ambiente adequado para minimizar riscos.

A histerossonografia representa um avanço significativo na investigação ginecológica, combinando a eficácia diagnóstica com um perfil de baixa invasividade. Seu uso tem se expandido, proporcionando informações valiosas para a conduta médica em várias situações clínicas relacionadas à saúde uterina.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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