Hímen imperfurado: o que é, sintomas e tratamento

O hímen imperfurado é uma anomalia congênita que bloqueia a abertura vaginal, causando sintomas como ausência de menstruação e dor. Trata-se com cirurgia.

O hímen imperfurado é uma condição médica que afeta uma pequena porcentagem de mulheres, caracterizada pela completa obstrução do orifício vaginal devido a uma membrana himenal sem aberturas. Esta condição pode ser assintomática até a puberdade, quando os sinais e sintomas tendem a se tornar evidentes. O tratamento é médico-cirúrgico, voltado para a criação de uma abertura que permita o fluxo menstrual e sexualidade normal. Este artigo abordará em detalhes o que é o hímen imperfurado, seus possíveis sintomas, como confirmar o diagnóstico e as abordagens para o tratamento.

Possíveis sintomas

O hímen imperfurado geralmente não é detectado no nascimento, pois na infância esta condição raramente causa problemas. A maioria dos sintomas se manifesta durante a adolescência, período em que começam os ciclos menstruais. Um dos primeiros sintomas indicativos de hímen imperfurado é a ausência de menstruação (amenorreia primária), apesar da presença de outros sinais de puberdade, como desenvolvimento mamário e pêlos pubianos. No entanto, a adolescente pode experimentar ciclos menstruais em termos hormonais, o que significa que ela sentirá sintomas pré-menstruais e até dor, mas sem a ocorrência de sangramento visível devido à obstrução do fluxo sanguíneo.

Outra manifestação comum é a dor abdominal recorrente, que pode ser intensa e ciclística, refletindo os períodos em que ocorreriam os ciclos menstruais. Além disso, essa condição pode causar dificuldades em inserir tampões ou uma resistência inesperada durante os exames ginecológicos. Em alguns casos, o acúmulo de sangue menstrual no interior do útero e da vagina (hematocolpos) pode levar ao inchaço perceptível e aumento do volume abdominal.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de hímen imperfurado frequentemente segue a investigação dos sintomas descritos anteriormente. O médico começará com um histórico médico completo, enfocando a ausência de menstruação, a presença de dores cíclicas e qualquer tentativa de usar tampões. Um exame físico cuidadoso, que deve ser feito de forma sensível, especialmente em adolescentes, pode revelar um abaulamento na região vaginal causado pelo acúmulo de sangue atrás do hímen (hematocolpos).

Para confirmar o diagnóstico, são utilizados exames de imagem, como a ultrassonografia pélvica. Este método é eficaz para visualizar o acúmulo de sangue no útero (hematometra) e na vagina, bem como para avaliar a anatomia do trato reprodutivo. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma ressonância magnética (RM) para uma avaliação mais detalhada das estruturas internas e para excluir outras possíveis anomalias do desenvolvimento.

Como é feito o tratamento

O tratamento do hímen imperfurado é cirúrgico, destinado a criar uma abertura que permita o fluxo normal do sangue menstrual e a realização de exames ginecológicos sem impedimentos. O procedimento é relativamente simples e costuma ter bons resultados. Realiza-se uma pequena incisão ou excisão na membrana himenal (himenotomia), sob anestesia, para assegurar o conforto da paciente. Após a cirurgia, é recomendado o uso de absorventes íntimos em vez de tampões, até que a região cicatrize completamente.

É importante prestar atenção no acompanhamento pós-operatório, que inclui a verificação de sangramento normal, a cicatrização adequada e a ausência de infecção. Além disso, o médico pode recomendar o uso de dilatadores vaginais progressivamente maiores para evitar a formação de cicatrizes que possam levar ao estreitamento da abertura vaginal (estenose).

Após o tratamento cirúrgico, a maioria das mulheres pode esperar um retorno à normalidade, com a possibilidade de menstruar, usar tampões e ter relações sexuais sem dor. Entretanto, é crucial uma abordagem empática e educacional por parte dos profissionais de saúde, para ajudar a paciente a compreender sua condição e o processo de tratamento, promovendo uma ótima recuperação física e emocional.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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