Fluxo menstrual intenso: causas e como diminuir

Fluxo menstrual intenso pode ser causado por fatores como desequilíbrio hormonal e fibroides. Reduções podem ser alcançadas com medicamentos e mudanças de estilo de vida.

Principais causas

O fluxo menstrual intenso, conhecido medicamente como menorragia, é uma condição que afeta muitas mulheres e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. Suas causas são variadas, abrangendo desde fatores hormonais até alterações físicas no útero.

Um dos principais motivadores desse fenômeno é o desequilíbrio hormonal, especialmente entre o estrogênio e a progesterona. Esses desequilíbrios podem levar ao desenvolvimento de uma camada endometrial excessivamente espessa, que resulta em uma menstruação mais abundante. Condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e a insuficiência de progesterona estão frequentemente associadas a este problema.

Alterações físicas no útero, como a presença de miomas uterinos (tumores benignos), pólipos endometriais e adenomiose (engrossamento do útero), são causas comuns de aumento no fluxo menstrual. Essas condições afetam a estrutura do útero, o que pode levar a um sangramento mais intenso e prolongado.

Distúrbios de coagulação, como a doença de Von Willebrand ou a trombocitopenia, também podem ser responsáveis pelo aumento do fluxo menstrual. Nestes casos, o problema não está na produção do sangue, mas na incapacidade do corpo de o coagular de forma eficaz.

Além disto, dispositivos intrauterinos (DIU) não-hormonais, como o DIU de cobre, podem aumentar o volume sanguíneo menstrual. Embora sejam altamente eficazes como método contraceptivo, um dos seus efeitos secundários mais comuns é o aumento do fluxo menstrual.

Como diminuir o fluxo menstrual

Diminuir um fluxo menstrual intenso é possível com abordagens que vão desde mudanças de estilo de vida até intervenções médicas. O tratamento ideal deve ser personalizado, levando em conta a causa subjacente do problema e as necessidades específicas de cada mulher.

Uma das estratégias mais comuns envolve o uso de medicamentos para regular os níveis hormonais. Pílulas anticoncepcionais orais, adesivos, anéis vaginais e injeções de progesterona são alguns dos métodos prescritos para balancear os hormônios, tornando o ciclo menstrual mais regular e, frequentemente, diminuindo o fluxo menstrual.

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno, podem reduzir efetivamente a intensidade do fluxo menstrual ao diminuir a produção do corpo de prostaglandinas, compostos que têm um papel no controle da hemorragia. No entanto, é importante utilizá-los com orientação médica para evitar efeitos colaterais.

Para casos relacionados a miomas ou pólipos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover essas formações. Procedimentos menos invasivos, como a embolização de miomas ou a histeroscopia para a remoção de pólipos, têm se mostrado eficazes e com períodos de recuperação mais curtos.

A terapia hormonal também pode ser uma opção, especialmente para mulheres que estão na perimenopausa. O uso de estrogênio em baixas doses pode ajudar a controlar o sangramento excessivo nesse período de transição.

No caso de mulheres que não desejam mais ter filhos, a ablação endometrial — um procedimento que remove ou destrói o revestimento do útero — pode ser uma opção definitiva. Embora eficaz na redução do fluxo menstrual, deve ser considerada cuidadosamente devido às suas implicações permanentes na fertilidade.

Adotar um estilo de vida mais saudável, incluindo uma dieta equilibrada rica em ferro para compensar a perda de sangue, práticas regulares de exercício físico para melhorar a circulação e o controle do estresse, pode contribuir significativamente para a gestão do fluxo menstrual. A yoga e meditação, por exemplo, têm mostrado ser particulamente úteis para algumas mulheres na redução da intensidade do fluxo menstrual.

Independente da estratégia escolhida, é crucial buscar a orientação de um profissional de saúde para uma avaliação adequada e aconselhamento personalizado. Cada caso é único e pode requerer uma combinação de abordagens para atingir os melhores resultados.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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