Excesso de magnésio pode causar náuseas, fadiga e fraqueza muscular. Origina-se de suplementação excessiva ou disfunção renal. O tratamento inclui limitar a ingestão.
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Principais sintomas
O magnésio é um elemento crucial em numerosas funções biológicas, participando em mais de 300 reações enzimáticas no corpo humano. No entanto, o excesso de magnésio no corpo, conhecido como hipermagnesemia, pode levar a uma variedade de sintomas que podem afetar várias partes do corpo. Os sintomas de hipermagnesemia variam de acordo com o nível de excesso e podem afetar sistemas corporais diferentes.
Os sintomas iniciais do excesso de magnésio abrangem náuseas e vômitos, que são reações do corpo tentando eliminar o excesso de magnésio. Além disso, é comum a ocorrência de hipotensão, ou seja, pressão arterial baixa, que pode causar tonturas e, em casos mais graves, choque. A fraqueza muscular é outro sintoma prevalente, resultante do impacto do magnésio no funcionamento neuromuscular. Isso pode avançar para dificuldades respiratórias devido à fraqueza dos músculos respiratórios.
Em níveis de magnésio extremamente altos, podem ocorrer sintomas neurológicos, incluindo letargia, que pode evoluir para sonolência profunda ou coma. A hiperreflexia, ou seja, respostas exageradas aos estímulos reflexos, também pode se manifestar, juntamente com problemas de fala e alterações no ritmo cardíaco, variando desde batimentos cardíacos irregulares até parada cardíaca, em casos extremamente sérios.
Como é feito o tratamento
O tratamento do excesso de magnésio no corpo, ou hipermagnesemia, deve ser iniciado rapidamente para evitar complicações graves. O tratamento escolhido dependerá da severidade dos sintomas e das causas subjacentes. Em casos leves a moderados, a interrupção da ingestão de magnésio, seja por suplementos, medicamentos que contêm magnésio ou pela dieta, pode ser suficiente para restaurar os níveis normais.
Na presença de sintomas mais graves, especialmente quando o funcionamento renal está comprometido, tratamentos mais intensivos são necessários. A administração de soluções de cálcio, como o gluconato de cálcio intravenoso, pode antagonizar os efeitos do magnésio no coração e nos músculos, oferecendo uma melhora temporária até que os níveis de magnésio sejam reduzidos.
A diálise é uma opção eficaz para remover rapidamente o magnésio do corpo, especialmente em casos de insuficiência renal ou quando os níveis de magnésio são excepcionalmente altos. Este procedimento filtra o sangue, removendo o excesso de magnésio e outras substâncias tóxicas, possibilitando o controle efetivo da hipermagnesemia.
Durante e após o tratamento, monitorar os níveis de magnésio no sangue é crucial para garantir que permaneçam dentro de um intervalo saudável. Além disso, pode ser necessário s alterações no estilo de vida ou na dieta para prevenir futuros episódios de hipermagnesemia.
O que pode causar hipermagnesemia
A hipermagnesemia pode resultar de várias causas, que geralmente estão relacionadas ao aumento da ingestão ou à diminuição da excreção de magnésio. Um consumo excessivo de magnésio, principalmente através de suplementos dietéticos sem o acompanhamento médico adequado, é uma causa comum. Certos medicamentos, como laxantes e antiácidos que contêm grandes quantidades de magnésio, também podem levar ao acúmulo desse mineral no corpo.
A insuficiência renal é outra causa importante de hipermagnesemia. Nos rins saudáveis, o excesso de magnésio é filtrado e excretado na urina. No entanto, se a função renal está comprometida, essa capacidade de filtragem e excreção é reduzida, levando ao acúmulo de magnésio no sangue.
Outras condições médicas e tratamentos que afetam a função renal ou as taxas de absorção de magnésio podem também elevar o risco de hipermagnesemia. Por exemplo, doenças gastrointestinais que levam a uma absorção aumentada de magnésio ou tratamentos médicos que envolvem altas doses de magnésio, como em algumas terapias para pré-eclâmpsia em gestantes, podem resultar em níveis elevados de magnésio.
A identificação precoce da hipermagnesemia e a compreensão de suas causas subjacentes são fundamentais para prevenir complicações sérias e garantir a implementação de um plano de tratamento eficaz. Portanto, é crucial monitorar a ingestão de magnésio e avaliar a função renal regularmente, especialmente em indivíduos que correm maior risco de desenvolver essa condição.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.
