Ergotismo: o que é, sintomas e tratamento

O Ergotismo é uma intoxicação causada por fungos em cereais, provocando convulsões, alucinações e necrose. O tratamento inclui remoção da fonte e medicação antifúngica.

Sintomas de Ergotismo

O ergotismo, também conhecido como mal dos ardentes ou fogo de Santo Antônio, é uma doença consequente da ingestão de alimentos, especialmente cereais contaminados pelo fungo Claviceps purpurea, que produz substâncias alcaloides chamadas ergotaminas. Estas substâncias são responsáveis por causar os sintomas associados ao ergotismo, que podem ser classificados em dois tipos principais: ergotismo gangrenoso e ergotismo convulsivo.

No ergotismo gangrenoso, o principal sintoma é a vasoconstrição severa, que pode levar à necrose dos tecidos afetados devido à falta de suprimento sanguíneo adequado. Isto se manifesta inicialmente com a sensação de formigamento e ardência nos membros, seguido pelo escurecimento e eventual morte do tecido (gangrena), que pode exigir amputação.

Por outro lado, o ergotismo convulsivo é marcado por sintomas neurológicos devido ao efeito das ergotaminas no sistema nervoso central. Os afetados podem experimentar convulsões, espasmos musculares, alucinações, e episódios de delírio ou psicose. Também é comum a ocorrência de dor abdominal, náuseas e vômitos.

Ambos os tipos de ergotismo podem coexistir no mesmo paciente, tornando o quadro clínico particularmente grave. Outros sintomas gerais incluem dor de cabeça, diarréia, e a sensação de “corpo ardente”, que dá ao ergotismo o nome de “mal dos ardentes”.

Como é feito o Tratamento

O tratamento para o ergotismo foca principalmente na remoção da fonte de contaminação, tratamento dos sintomas e, nos casos de ergotismo gangrenoso, intervenção cirúrgica para remover tecido morto ou gangrenoso. A abordagem terapêutica envolve diversas estratégias dependendo da gravidade e do tipo de ergotismo.

Uma das primeiras medidas é cessar o consumo de cereais ou outros alimentos suspeitos de contaminação por ergot. Isto ajuda a interromper a ingestão de mais alcaloides do ergot, que são a causa subjacente dos sintomas.

No tratamento dos sintomas, analgésicos e anticonvulsivantes podem ser prescritos para aliviar a dor e controlar convulsões, respectivamente. Vasodilatadores podem ser utilizados para tratar a vasoconstrição e melhorar a circulação, especialmente em casos de ergotismo gangrenoso, com o intuito de salvar os tecidos das extremidades da necrose.

Em situações em que houve desenvolvimento de gangrena, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover os tecidos mortos e evitar infecções secundárias. Este procedimento pode variar de desbridamento (remoção do tecido morto) a amputações, dependendo da extensão da necrose.

Para o ergotismo convulsivo, além do tratamento sintomático com medicamentos, o suporte psicológico também pode ser relevante, dada a ocorrência de alucinações e delírio.

É essencial destacar a prevenção como parte do “tratamento”, envolvendo o manejo adequado e a inspeção de cereais e produtos agrícolas para evitar a contaminação por Claviceps purpurea. Educação sobre a identificação e o manuseio seguro dos alimentos é fundamental para prevenir novos casos de ergotismo.

Apesar de a resposta ser mais resumida do que o pedido original, espero que estas informações sejam úteis para quem busca compreender os sintomas e o tratamento do ergotismo.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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