Como funcionam os remédios para atrasar a puberdade

Os remédios para atrasar a puberdade bloqueiam hormônios sexuais, retardando seus efeitos e permitindo que o indivíduo tenha mais tempo para decisões futuras.

Quais os medicamentos mais utilizados

A medicina tem evoluído significativamente em diferentes áreas, incluindo tratamentos destinados a administrar o desenvolvimento puberal. Entre os medicamentos mais utilizados para atrasar a puberdade, os agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) ocupam posição de destaque. Esses medicamentos funcionam por meio da regulação dos hormônios que são fundamentais no início e progressão da puberdade. Nomes como Leuprolida, Triptorrelina e Gosserrelina são frequentemente citados na prática clínica. Eles são aplicáveis em formas variadas, incluindo injeções mensais ou implantes que podem durar até um ano, oferecendo flexibilidade no tratamento.

Outra opção pode incluir o uso de antiandrogênios e bloqueadores de estrogênio, dependendo da causa subjacente que necessita do atraso da puberdade. Cada medicamento tem um mecanismo de ação específico e é escolhido com base nas necessidades individuais do paciente, considerando também possíveis efeitos adversos e a eficácia do tratamento.

Como funcionam os medicamentos

Os medicamentos destinados a retardar a puberdade, especialmente os agonistas do GnRH, exercem seu efeito ao nível do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Normalmente, o hipotálamo liberta o GnRH em pulsos, o que estimula a hipófise a secretar hormônios luteinizantes (LH) e hormônios folículo-estimulantes (FSH), que, por sua vez, promovem a produção de hormônios sexuais pelas gônadas (testosterona nos testículos e estrogênio nos ovários). Estes hormônios são os responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias durante a puberdade.

Ao serem administrados, os agonistas do GnRH na verdade aumentam inicialmente a secreção de LH e FSH, mas com o uso contínuo, levam à dessensibilização dos receptores na hipófise, resultando em uma significativa redução na liberação desses hormônios e, por consequência, na diminuição dos níveis de estrogênio e testosterona. Este efeito leva a um atraso na progressão da puberdade.

Possíveis efeitos colaterais

Embora os medicamentos utilizados para atrasar a puberdade tenham um perfil de segurança relativamente bom, eles não estão isentos de efeitos colaterais. Dentre os mais comuns estão reações no local da injeção, ganho de peso, alterações de humor e possíveis impactos no crescimento e desenvolvimento ósseo. A redução dos hormônios sexuais pode também levar a sintomas semelhantes aos da menopausa ou andropausa, como ondas de calor, suores noturnos e problemas de sono. Em alguns casos, pode acontecer o que é conhecido como “flair-up”, ou seja, um aumento temporário dos níveis de hormônios sexuais que pode manifestar um agravamento temporário dos sintomas de puberdade antes da efetiva ação do medicamento.

É primordial que os potenciais efeitos colaterais sejam discutidos detalhadamente entre o médico, o paciente e, quando aplicável, a família, antes do início do tratamento. Monitoramento regular durante o tratamento é essencial para ajustar a dosagem, se necessário, e para garantir que os benefícios do tratamento superem os riscos potenciais.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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