Cleptomania: o que é, sintomas e tratamento

Cleptomania é um distúrbio de controle de impulsos que leva a furtos incontroláveis. Sintomas incluem ansiedade pré-roubo e alívio pós-ato. Tratamento envolve terapia e medicamentos.

Sintomas de Cleptomania

A cleptomania é um distúrbio psicológico complexo caracterizado por um impulso incontrolável de roubar itens, muitas vezes desnecessários e de pouco valor. Indivíduos que sofrem de cleptomania geralmente experimentam uma crescente tensão emocional ou ansiedade antes do ato, seguida de gratificação ou alívio após o roubo. É crucial distinguir este transtorno de outros tipos de roubo, que podem ser motivados por necessidade financeira ou ganho pessoal. A cleptomania é conduzida por uma necessidade psicológica.

Os sintomas frequentemente associados à cleptomania incluem:

1. **Impulso Recorrente:** Um forte desejo de roubar que é difícil de resistir.
2. **Aumento da Tensão:** Sentimentos intensos de ansiedade ou tensão que se acumulam antes do ato de roubar.
3. **Gratificação após o Roubo:** Sentimentos de alívio, prazer ou gratificação logo após o roubo.
4. **Roubo Sem Motivo Aparente:** Roubos não são cometidos por raiva, vingança ou ganho financeiro, mas como parte do impulso descontrolado.
5. **Culpa ou Vergonha:** Sentimentos de culpa, vergonha ou remorso podem surgir após o roubo, especialmente quando o indivíduo reflete sobre suas ações.

Entender estes sintomas é o primeiro passo crucial para buscar ajuda e tratamento adequado. Embora a cleptomania possa ser uma condição enervante, é tratável com abordagens terapêuticas adequadas.

Possíveis Causas

A origem exata da cleptomania permanece um mistério para a comunidade científica, mas vários estudos sugerem uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais. As pesquisas indicam que alterações nos níveis de neurotransmissores, especialmente a serotonina, podem desempenhar um papel crucial no desenvolvimento desse transtorno. A serotonina é um neurotransmissor importante relacionado à regulação de humor, emoções e impulsos, sugerindo que um desequilíbrio pode afetar o autocontrole.

Há também evidências que apoiam a teoria de que a cleptomania pode estar relacionada a históricos de outros transtornos de controle de impulsos na família, sinalizando uma possível predisposição genética. Além disso, traumas ou eventos estressantes na vida de um indivíduo podem desencadear ou agravar os sintomas de cleptomania. Questões de autoestima e problemas emocionais não resolvidos também são considerados fatores contribuintes.

As pesquisas continuam a explorar as raízes complexas desse transtorno, buscando compreender completamente suas causas e encontrar abordagens de tratamento mais eficazes.

Como é Feito o Tratamento

O tratamento da cleptomania é multifacetado e personalizado, focado em abordar tanto os comportamentos quanto os fatores psicológicos subjacentes. Uma abordagem comum envolve terapias comportamentais e cognitivas, que ajudam o individuo a identificar gatilhos, modificar padrões de pensamento e desenvolver estratégias de enfrentamento.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é frequentemente utilizada, focando na reestruturação cognitiva para alterar crenças e pensamentos distorcidos relacionados ao roubo, e no treinamento de habilidades sociais e de resolução de problemas. Além disso, técnicas de prevenção de exposição e resposta podem ser aplicadas para ajudar a controlar o impulso de roubar.

Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para tratar sintomas associados, como depressão ou ansiedade, ou para diminuir o impulso de roubar. Isso pode incluir antidepressivos, estabilizadores de humor ou medicamentos anti-impulsivos.

É vital que o tratamento seja supervisionado por profissionais de saúde mental especializados em transtornos do espectro do controle de impulsos, garantindo uma abordagem compreensiva e adaptada às necessidades do indivíduo. Com suporte apropriado, indivíduos com cleptomania podem alcançar uma melhoria significativa em seu comportamento e qualidade de vida.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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