A Síndrome de Shy-Drager é uma desordem rara que afeta o sistema nervoso, causando hipotensão postural, distúrbios motores e disfunção autonômica. Não tem cura, focando-se no controle dos sintomas.
A Síndrome de Shy-Drager, agora mais comumente conhecida como Atrofia Multissistêmica (AMS), é uma doença progressiva e incurável que afeta o sistema nervoso autônomo, responsável por controlar funções involuntárias, como a pressão arterial, a taxa de batimentos cardíacos, a digestão e a respiração. Esse distúrbio é raro e caracteriza-se pela degeneração de células em diversas áreas do sistema nervoso, o que resulta em uma ampla variedade de sintomas, que podem varia de acordo com as partes do sistema nervoso mais afetadas.
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Principais sintomas
Os sintomas da Síndrome de Shy-Drager são diversos e normalmente evoluem gradualmente, tornando-se mais severos com o tempo. Dentre eles, os mais comuns envolvem alterações na função autonômica, movimento e equilíbrio. Os pacientes frequentemente experimentam hipotensão ortostática severa, que é uma queda brusca na pressão arterial ao se levantar, resultando em tontura ou até desmaios. Outros sinais incluem disfunções urinárias e sexuais, constipação, sudorese reduzida ou excessiva e dificuldades respiratórias durante o sono, como a apneia.
Alterações motoras, semelhantes às vistas na doença de Parkinson, como rigidez muscular, tremores e instabilidade postural, também são comuns. Esses sintomas motoras contribuem para uma maior dificuldade de movimento e risco de quedas. Além disso, problemas de coordenação e disfagia (dificuldade para engolir) podem se manifestar à medida que a doença progride.
Como é feito o diagnóstico
Diagnosticar a Síndrome de Shy-Drager pode ser um processo desafiador devido à sobreposição de seus sintomas com os de outros distúrbios do sistema nervoso autônomo e movimento, como a doença de Parkinson e a atrofia de múltiplos sistemas. O diagnóstico começa com uma revisão detalhada do histórico médico do paciente e um exame físico, onde o médico procura por sinais de disfunção autonômica e motora.
Testes específicos também podem ajudar a confirmar o diagnóstico. Um teste de inclinação pode ser realizado para avaliar como a pressão arterial do paciente reage à mudança de posição, ajudando a identificar a hipotensão ortostática. Exames de imagem, como a ressonância magnética (MRI), podem ser úteis para identificar anormalidades no cérebro ou na medula espinhal. Evidências de danos em múltiplas áreas do sistema nervoso podem apoiar o diagnóstico de AMS.
Como é feito o tratamento
Embora não haja cura para a Síndrome de Shy-Drager, o tratamento visa o alívio dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida do paciente. Para a hipotensão ortostática, são recomendadas mudanças na dieta e no estilo de vida, como o aumento da ingestão de sal e água, além do uso de meias de compressão e medicamentos que ajudam a elevar a pressão arterial. Dispositivos de assistência para caminhar podem ser necessários para aqueles com problemas de mobilidade e risco de queda.
O tratamento sintomático também pode incluir medicamentos para controlar problemas urinários, disfagia e constipação. Os sintomas de natureza parkinsoniana, como a rigidez e os tremores, podem responder a medicamentos anti-parkinsonianos, embora a eficácia varie entre os pacientes.
Devido à complexidade e progressão da doença, o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar de saúde é essencial. Este time pode incluir neurologistas especializados em distúrbios do movimento, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais de saúde dedicados a oferecer o melhor cuidado e suporte ao paciente e sua família enfrentando a Síndrome de Shy-Drager.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.