Quando fazer a Recarga de Extintor: Passo a Passo, Preços e Cuidados Essenciais? Imagina precisar de um extintor durante uma emergência e perceber que ele não está funcionando. O susto pode ser grande, e o risco maior ainda. Pouca gente lembra, mas os extintores não duram para sempre e exigem manutenção regular, inclusive a famosa recarga de extintor de incêndio, que muita gente ainda não entende como funciona.
Esse equipamento, que muitas vezes passa despercebido no canto das paredes ou nos corredores de empresas e condomínios, pode salvar vidas quando bem cuidado. Por isso, entender o processo de recarga de extintor, os valores envolvidos e os cuidados necessários é uma responsabilidade que não pode ser ignorada por quem quer segurança de verdade.
Índice do Conteúdo
O que é a recarga de extintor?

A recarga de extintor é um procedimento técnico feito por empresas autorizadas pelo Inmetro, no qual o conteúdo do extintor é substituído, restaurando sua capacidade de combate ao fogo. É como “renovar” a eficácia do equipamento, garantindo que ele funcione corretamente caso seja necessário.
A recarga de extintor é obrigatória sempre que o extintor for utilizado, mesmo que tenha sido só um jato curto. Além disso, ela também deve ser feita periodicamente, conforme determina a norma técnica da ABNT NBR 12962.
Quando deve ser feita a recarga de extintor?
Existem três situações principais que exigem a recarga:
- Após o uso total ou parcial do extintor
- Quando expira o prazo de validade (geralmente de 1 ano)
- Caso o equipamento apresente algum defeito ou avaria
Atenção: Não fazer a recarga no prazo pode gerar multa, principalmente em empresas e condomínios. E mais grave: pode custar vidas em um incêndio.
Tipos de extintores e suas recargas
Cada tipo de extintor possui um agente extintor diferente e exige um tipo específico de recarga. Os mais comuns são:
Extintor de Pó Químico Seco (PQS)
É o mais utilizado em carros, comércios e casas. Sua recarga é relativamente simples e rápida. É eficaz para incêndios das classes A, B e C (materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos).
Extintor de CO₂ (Gás Carbônico)
Ideal para equipamentos elétricos. A recarga precisa ser feita com atenção, já que o gás é pressurizado. É comum em escritórios, CPDs e cozinhas industriais.
Extintor de Água Pressurizada
Usado em materiais sólidos, como papel, madeira e tecidos. A recarga exige equipamentos que pressurizam novamente o cilindro com água e ar comprimido.
Extintor de Espuma
Utilizado principalmente em líquidos inflamáveis. A recarga precisa respeitar a proporção exata entre água e o líquido espumígeno.
Cada um desses extintores deve ser recarregado com o agente correto, respeitando os critérios técnicos. Utilizar o produto errado pode invalidar a recarga e comprometer a eficácia do equipamento.

Passo a passo da recarga de extintor
O processo de recarga segue padrões rigorosos, definidos por normas nacionais. Veja como funciona em uma empresa certificada:
1. Recebimento e Identificação
Ao chegar à empresa, o extintor é identificado com etiqueta e número de controle. Nessa etapa é feita uma pré-avaliação para verificar se ele está em condições de ser recarregado ou se precisa ser descartado.
2. Inspeção Visual
Técnicos analisam se há ferrugem, amassados, válvulas danificadas ou qualquer defeito que comprometa a segurança. Se algo estiver errado, o extintor pode ser reprovado.
3. Despressurização e Abertura
O extintor é esvaziado completamente, e o conteúdo antigo é descartado conforme normas ambientais. Depois, o cilindro é aberto para limpeza.
4. Limpeza Interna
Resíduos antigos são removidos. Essa limpeza é importante para garantir que o novo conteúdo não seja contaminado, o que poderia atrapalhar o funcionamento.
5. Recarga com agente extintor novo
Cada extintor recebe a quantidade exata do seu agente extintor, conforme especificado pelo fabricante e pela norma da ABNT. É importante pesar o extintor antes e depois.
6. Fechamento e Pressurização
Após recarregado, o extintor é fechado e, se for o caso, pressurizado com ar comprimido ou gás (no caso dos extintores de CO₂, isso é feito em máquinas especiais).
7. Testes de vedação e segurança
É feito um teste para verificar se o extintor está vazando e se a pressão está adequada. Tudo precisa estar 100%.
8. Pintura e Rotulagem
Alguns extintores passam por uma pintura nova para garantir que estejam com aparência adequada. Em seguida, recebem selo do Inmetro e etiqueta de validade.
9. Liberação com certificado
O equipamento é devolvido com certificado de recarga. Esse documento deve ser guardado como comprovante em inspeções ou auditorias.

Quanto custa recarregar um extintor?
Os preços variam conforme o tipo do extintor, a região e o fornecedor. Porém, é possível ter uma média com base nos valores de mercado atualizados:
- Extintor de Pó Químico Seco (4 kg): R$ 40 a R$ 60
- Extintor de CO₂ (6 kg): R$ 90 a R$ 150
- Extintor de Água Pressurizada: R$ 50 a R$ 80
- Extintor de Espuma: R$ 70 a R$ 100
Esses valores são para recarga de extintor. Se for necessário trocar peças ou fazer manutenção extra, o preço pode aumentar. Sempre peça orçamento completo com antecedência.
Onde fazer a recarga de extintores?
A recarga de extintor deve ser feita apenas em empresas credenciadas pelo Inmetro e que sigam todas as normas da ABNT. Nunca aceite serviços “mais baratos” de empresas clandestinas. Isso pode causar acidentes sérios.
Para saber se a empresa é confiável, verifique:
- Se possui certificação do Inmetro visível
- Se fornece certificado de recarga de extintor
- Se possui CNPJ ativo e endereço físico
- Se tem avaliação positiva de outros clientes
Você pode buscar empresas confiáveis no Google Maps pesquisando “recarga de extintor + nome da cidade” e verificando as avaliações.
Cuidados após a recarga de extintor
Depois de recarregado, o extintor deve continuar recebendo atenção. Não basta colocar na parede e esquecer. Veja o que fazer:
- Verifique sempre se o manômetro (relógio de pressão) está no verde
- Mantenha o extintor em local de fácil acesso e visível
- Nunca pendure objetos no extintor
- Proteja da chuva, sol direto e áreas com risco de impacto
- Guarde o certificado de recarga em lugar seguro
Também é recomendável realizar inspeções mensais visuais para verificar a integridade do equipamento e se está em conformidade com as normas.
Quem é responsável pela recarga?
Depende do local. Veja quem deve cuidar disso em cada situação:
- Empresas e comércios: responsabilidade do proprietário ou responsável técnico
- Condomínios: responsabilidade do síndico
- Prédios públicos: responsabilidade do órgão gestor
- Residências: é uma responsabilidade pessoal, especialmente se o extintor for exigido por lei (como em carros de GNV, por exemplo)
Não manter a manutenção dos extintores em dia pode ser enquadrado como infração segundo o Corpo de Bombeiros e causar problemas em fiscalizações.
Dicas para não errar na hora da recarga de extintor
- Sempre anote a data da última recarga
- Use etiquetas ou lembretes no celular para renovar no prazo
- Se possível, faça contratos com empresas especializadas que avisam quando estiver próximo do vencimento
- Desconfie de preços muito abaixo da média
- Evite empresas que não fornecem laudo ou selo do Inmetro
Essas dicas são simples, mas fazem toda a diferença na hora de manter a segurança de pessoas e bens em qualquer ambiente.
Manutenção de Extintores: Como e Quando Fazer?
Muitas pessoas lembram dos extintores apenas em emergências, mas esquecem que eles também precisam de cuidados regulares. A manutenção preventiva em extintores de incêndio é obrigatória e fundamental para garantir que o equipamento funcione corretamente no momento certo. Já a manutenção corretiva ocorre quando o extintor apresenta falhas, vazamentos ou problemas visíveis.
Segundo o Inmetro e a norma ABNT NBR 12962, a manutenção dos extintores deve seguir três níveis:
- Inspeção mensal: verificação visual do lacre, pressão e condições gerais. Pode ser feita internamente por um responsável.
- Recarga anual: o extintor deve ser recarregado por empresa especializada mesmo que não tenha sido utilizado, para garantir a eficácia do agente extintor.
- Manutenção completa a cada 5 anos: desmontagem completa do equipamento, revisão e troca de peças danificadas.
Negligenciar esses prazos compromete o funcionamento do extintor e, pior, coloca vidas em risco. Um equipamento vencido ou mal conservado pode falhar na hora crucial.
Riscos do Uso Incorreto
Muita gente acredita que qualquer pessoa pode usar um extintor de incêndio sem treinamento. Esse é um erro comum e perigoso. Usar o tipo errado de extintor em certos incêndios pode agravar a situação.
Por exemplo:
- Usar água em incêndios de origem elétrica (classe C) pode causar choque elétrico.
- Aplicar extintor de pó químico em fogo de óleo (classe K) pode espalhar ainda mais as chamas.
O ideal é sempre identificar o tipo de fogo e usar o extintor correto. Por isso, treinamentos e simulações são tão importantes, especialmente em empresas, escolas e estabelecimentos comerciais.

A Importância do Treinamento
Empresas devem promover treinamentos periódicos para suas equipes. Funcionários bem instruídos conseguem agir com mais rapidez e eficiência, reduzindo os danos e evitando pânico generalizado.
Treinamentos costumam incluir:
- Identificação dos tipos de extintores.
- Técnicas de uso com segurança.
- Simulações de evacuação.
Além disso, é recomendado sempre posicionar os extintores em locais visíveis, de fácil acesso e sinalizados, conforme exigido pelo Corpo de Bombeiros e pelas normas técnicas vigentes.