A moleira do bebê é uma estrutura presente apenas na cabeça dos recém-nascidos merece cuidados específicos e atenção dos pais
Pequenos e frágeis, os bebês necessitam de cuidados específicos no dia a dia. Por esse motivo, é comum que muitos pais escutem algumas teorias sobre como devem cuidar e lidar com Moleira do bebê nos primeiros meses de vida. A Moleira do bebê, por exemplo, é um tema que frequentemente surge em rodas de conversas entre pais e vem acompanhada de muitos mitos.
Isso porque ela é uma parte do corpo que só os recém-nascidos têm e que, na maioria das vezes, é desconhecida por muitas pessoas. Essa é uma região sensível do corpo dos bebês e desempenha funções importantes na vida dos pequenos.
A falta de conhecimento pode levar os pais a cometerem erros graves nos cuidados diários. Dessa forma, é importante que toda a família se informe sobre o assunto e saiba o que, de fato, é verdade e o que é mentira sobre a Moleira do bebê.
Índice do Conteúdo
O que é a Moleira do bebê?
Muitos pais a conhecem como Moleira do bebê, mas na comunidade médica essa região do corpo dos recém nascidos recebe o nome de fontanela. Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (SBNPed), a fontanela é um pequeno espaço entre os ossos do crânio que permanece sem cobertura óssea nos primeiros meses de vida do bebê.
Normalmente, a criança apresenta duas moleiras, uma principal ou bregmática – que ocupa a parte anterior da cabeça – e uma menor ou lambdoide na parte posterior. A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) explica que a essa região do corpo costuma ser sensível e flexível, tendo como finalidade facilitar a passagem do bebê na hora do parto.
Há ainda outra função importante para as moleiras: a permissão do crescimento adequado do cérebro. Nos primeiros anos de vida, o cérebro está se desenvolvendo em ritmo acelerado e as fontanelas permitem que o órgão se expanda naturalmente sem causar impactos no crânio.
Tipos de Fontanelas
- Fontanela Anterior (Moleira Frontal):
- Localização: No topo da cabeça, onde se encontram os ossos frontal e parietais.
- Forma: Diamante.
- Tamanho: Cerca de 2 a 3 cm de diâmetro ao nascimento.
- Fechamento: Geralmente entre 12 e 18 meses de idade.
- Fontanela Posterior (Moleira Occipital):
- Localização: Na parte de trás da cabeça, onde se encontram os ossos parietais e occipital.
- Forma: Triangular.
- Tamanho: Menor que a fontanela anterior, geralmente cerca de 1 cm de diâmetro.
- Fechamento: Geralmente entre 2 e 3 meses de idade.
Funções das Fontanelas
- Facilitar o Parto: As fontanelas permitem que os ossos do crânio se sobreponham levemente durante o parto, facilitando a passagem pela via de parto.
- Acomodar o Crescimento Cerebral: Elas permitem que o cérebro do bebê cresça rapidamente durante os primeiros anos de vida.
- Amortecimento: As áreas moles agem como amortecedores, protegendo o cérebro do bebê de impactos leves.
Cuidado com as Fontanelas (Moleira do bebê)
Embora as fontanelas sejam áreas sensíveis, elas são cobertas por uma membrana resistente e são menos frágeis do que podem parecer. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados:
- Toque Suave: Ao tocar a cabeça do bebê, seja gentil.
- Proteção Contra Traumas: Evite quedas e impactos na cabeça do bebê.
- Observação: Verifique se as fontanelas parecem normais. Elas devem estar levemente côncavas e pulsar com o batimento cardíaco do bebê.
Sinais de Problemas na Moleira do bebê
Algumas alterações nas fontanelas podem indicar problemas de saúde e devem ser avaliadas por um pediatra:
- Fontanela Afundada: Pode ser um sinal de desidratação.
- Fontanela Inchada ou Proeminente: Pode indicar aumento da pressão intracraniana, infecção ou outros problemas de saúde.
- Fechamento Prematuro: O fechamento das fontanelas antes do tempo normal pode ser um sinal de craniossinostose, uma condição em que os ossos do crânio se fundem prematuramente.
Visitas Regulares ao Pediatra
É importante levar o bebê para consultas regulares com o pediatra para monitorar o crescimento e desenvolvimento do crânio e das fontanelas. O médico avaliará o tamanho, a forma e a taxa de fechamento das fontanelas durante essas visitas.
Saiba o que é falso e verdadeiro sobre a moleira do bebê
Por desempenhar funções importantes no desenvolvimento da criança, a Moleira do bebê e a cabeça devem estar sempre bem protegidas e apoiadas nesses primeiros meses de vida. É importante que os pais estejam atentos para oferecer o suporte adequado que essa parte do corpo necessita.
Durante o transporte do bebê, é preciso ter cuidado extra, acolchoando bem o carrinho de bebê e colocando travesseiro para proteger a Moleira do bebê. No dia a dia, ao pegar o pequeno no colo, é importante segurar bem o pescoço e cabeça para evitar acidentes. Além disso, devem se atentar ao uso de faixas ou outros adereços que apertem a cabeça da criança e consequentemente, a Moleira do bebê.
Segundo o D’Or Mais Saúde, existem diferentes tipos de assentos, carrinhos de bebê e a maioria deles acompanha um travesseiro capaz de garantir estabilidade e conforto para essa região delicada do corpo do bebê.
Juntamente com esses cuidados diários, o acompanhamento mensal do crescimento do crânio e do fechamento das moleiras com o pediatra é fundamental. Além disso, é sempre importante que os pais se mantenham informados sobre as especificidades dessa parte do corpo dos recém-nascidos.
Muitos mitos e teorias surgem quando o assunto é maternidade, mas buscar o esclarecimento sobre eles é fundamental para evitar quaisquer problemas na vida do bebê.
A Moleira do bebê pode pulsar ocasionalmente
Verdade. Muitos pais se assustam ao tocar a região onde está localizada a moleira e perceberem que elas estão pulsando. No entanto, não é preciso criar alarde, pois isso é algo comum. Segundo a SPSP, esses movimentos sutis são normais e resultados da pressão arterial do cérebro.
Entretanto, é sempre bom buscar opinião do médico que acompanha o bebê desde o nascimento, principalmente quando a pulsação for intensa e vir acompanhada de febre, choro e outros sintomas.
O aspecto da Moleira do bebê não pode ser fundo e nem saliente
Verdade. Outro aspecto que pode tirar o sono de muitos pais é em relação à aparência da moleira. Essa região do corpo não deve estar funda e nem saliente na cabeça da criança. Segundo a SPSP, após o nascimento do bebê, é comum que a região apresente pequenas deformações, mas entre 7 a 10 dias, chega ao normal.
Caso os pais percebam a presença de qualquer anormalidade na moleira, é importante entrar em contato com o pediatra.
Não há previsão para o fechamento total da moleira
Mentira. As moleiras têm um período esperado para fechar. De acordo com a SPSP e a SBNPed, as duas fontanelas se fecham em momentos diferentes e os pais precisam estar atentos ao processo.
A moleira posterior se fecha no segundo mês de vida, e a anterior, por ser maior, fecha em torno do nono ao 15º mês de vida.
A demora para a moleira fechar indica alterações no crânio do bebê
Mentira. Uma teoria que circunda muitas rodas de conversa sobre o assunto é que a demora para o fechamento das moleiras indica, de imediato, alterações da formação do crânio do bebê. De acordo com a SBNPed, nem sempre a extensão desse prazo aponta para algum risco.
O órgão explica que a fontanela pode estar aberta até o segundo ano de vida do bebê ou pode já estar fechada logo após o nascimento, sem necessariamente indicar problema para a saúde da criança.
Nos casos em que a estrutura apresenta fechamento precoce ou tardio, a indicação é analisar três parâmetros para averiguar a presença de alguma anormalidade. Como explica a SBNPed, devem ser avaliados o formato da cabeça, o tamanho do crânio e o desenvolvimento neurológico da criança.
Se estes três elementos estiverem adequados, não há necessidade de alarde ou realização de exames que envolvam radiação ou sedação nos bebês, como a tomografia computadorizada. Ainda conforme o órgão, esse assunto é um grande mito e causa realização de procedimentos desnecessários, preocupação e ansiedade para as famílias.