Exames para avaliar o fígado: sangue, imagem e biópsia

Exames hepáticos incluem análises de sangue, técnicas de imagem e biópsias, cruciais para diagnóstico e monitoramento de doenças do fígado.

O fígado, um dos maiores e mais importantes órgãos do corpo humano, tem múltiplos papeis cruciais, como a detoxificação do sangue, armazenamento de nutrientes e produção de substâncias essenciais para a digestão. Dado seu papel vital, a saúde do fígado é um indicador chave de bem-estar geral. Para avaliar sua condição, existem vários exames disponíveis, que são classificados principalmente em três categorias: exames de sangue, exames de imagem e biópsia. Abaixo, examinamos cada um desses métodos de avaliação.

Exames de sangue: AST, ALT, Gama-GT

Os exames de sangue para avaliação do fígado medem as enzimas hepáticas, substâncias que o fígado libera em resposta a danos ou doenças. As mais comuns são a AST (aspartato aminotransferase), ALT (alanina aminotransferase) e Gama-GT (gama-glutamil transferase).

A AST e a ALT são enzimas encontradas tanto no fígado quanto em outros órgãos. Normalmente, seus níveis no sangue são baixos. Entretanto, se o fígado estiver danificado, essas enzimas são liberadas na corrente sanguínea, elevando seus níveis. Portanto, níveis elevados de AST e ALT podem indicar lesão hepática, mas não especificamente a sua causa.

O Gama-GT é outra enzima que, quando elevada, pode indicar danos ao fígado ou vias biliares. Além disso, pode ser usado para monitorar o uso de álcool e certos medicamentos que podem prejudicar o fígado.

Esses exames de sangue oferecem uma primeira visão sobre a saúde do fígado, mas não são conclusivos por si só. Eles precisam ser combinados com a história clínica, sintomas e outros exames para um diagnóstico preciso.

Exames de imagem

Os exames de imagem são ferramentas essenciais para visualizar o fígado e identificar anormalidades estruturais. Entre eles, a ultrassonografia (US), a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) são os mais utilizados.

A ultrassonografia é frequentemente o primeiro exame de imagem realizado, pois é não invasivo, não utiliza radiação e é relativamente acessível. Pode detectar massas no fígado, cistos, acumulo de gordura e sinais de doenças crônicas do fígado, como cirrose.

A tomografia computadorizada oferece imagens mais detalhadas do fígado, possibilitando avaliar a presença de tumores, lesões focais e outros problemas estruturais. A TC utiliza radiação, o que pode ser um ponto negativo, mas fornece informações valiosas que ultrapassam esse risco.

A ressonância magnética utiliza campos magnéticos para produzir imagens detalhadas. É particularmente útil para diferenciar entre vários tipos de tecidos no fígado, permitindo uma visão mais clara de tumores, cistos e outras anomalias.

Cada um desses métodos tem seus prós e contras, mas juntos, fornecem uma imagem abrangente da saúde do fígado.

Biópsia

Considerada o padrão-ouro para diagnóstico de muitas doenças do fígado, a biópsia envolve a remoção de uma pequena quantidade de tecido hepático para exame microscópico. É um procedimento invasivo, geralmente realizado sob anestesia local, onde uma agulha longa é inserida através da pele até alcançar o fígado.

A biópsia hepática pode fornecer informações detalhadas sobre o grau de inflamação, fibrose ou destruição das células hepáticas. É particularmente útil para diagnosticar condições como hepatite crônica, esteatohepatite não alcoólica (NASH) e cirrose. Além disso, pode ajudar a monitorar a progressão da doença e a eficácia do tratamento.

Apesar de ser um procedimento relativamente seguro, a biópsia hepática pode causar dor e tem riscos associados, como sangramento e infecção. Por isso, sua indicação deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico, considerando outros exames e o quadro clínico do paciente.

A avaliação da saúde do fígado é complexa e requer uma abordagem multidisciplinar. Exames de sangue, de imagem e a biópsia desempenham papéis complementares nesse processo, fornecendo informações valiosas para um diagnóstico preciso e adequada gestão terapêutica. A escolha dos exames depende de vários fatores, incluindo os sintomas do paciente, as condições subjacentes e os riscos potenciais. Assim, a avaliação de um profissional de saúde é essencial para determinar o melhor caminho a seguir.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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