DIU para endometriose: 6 dúvidas mais comuns

O DIU hormonal é eficaz na redução dos sintomas de endometriose, atuando na diminuição das dores e no volume menstrual. Descubra as respostas para as 6 dúvidas mais frequentes.

1. Como funciona?

O Dispositivo Intrauterino (DIU) para endometriose é uma ferramenta de gestão desta condição que vem ganhando destaque. Funciona liberando hormônios, mais especificamente o progestágeno, diretamente no útero. Este hormônio atua diminuindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero, um dos principais problemas enfrentados por quem sofre de endometriose. A liberação localizada minimiza o impacto sistêmico dos hormônios, tornando-o uma opção atraente para muitas mulheres. Além disso, a presença física do DIU no útero parece modificar o ambiente uterino de uma forma que é menos propícia para o crescimento do tecido endometrial que caracteriza a endometriose, proporcionando alívio dos sintomas.

2. Que mulheres podem usar o DIU?

O DIU para endometriose pode ser utilizado pela maioria das mulheres que buscam uma opção de tratamento hormonal localizado, mas há critérios específicos. É ideal para aquelas que desejam um controle mais prolongado da endometriose sem o uso diário de medicamentos orais. Mulheres que não se adaptam ou não desejam terapia com estrogênio também podem se beneficiar. No entanto, a decisão deve sempre ser orientada por um profissional de saúde, considerando o histórico médico individual, incluindo fatores como a severidade da endometriose, planos de futura gestação e a presença de outras condições de saúde.

3. DIU substitui a necessidade de cirurgia?

A relação entre o DIU para endometriose e a cirurgia é complexa. Embora o DIU possa ser uma opção eficaz para muitas mulheres, controlando o crescimento de tecido endometrial e aliviando a dor, ele não substitui a necessidade de cirurgia em todos os casos. Para pacientes com endometriose extensa, aderências severas ou grandes cistos endometriomas, a cirurgia pode ser o método mais indicado para remover o tecido endometrial ectópico. O DIU, então, muitas vezes entra como um complemento ao tratamento cirúrgico, ajudando a prevenir a recorrência dos sintomas e o desenvolvimento de novas lesões endometriais.

4. Quais os possíveis efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais associados ao uso do DIU para endometriose variam entre as usuárias, sendo geralmente relacionados à adaptação do organismo ao dispositivo e ao hormônio liberado. Entre os efeitos mais comuns estão alterações no padrão menstrual, como sangramento irregular nos primeiros meses após a inserção, dor ou desconforto durante a inserção e, ocasionalmente, cistos ovarianos que costumam se resolver espontaneamente. Raramente, pode ocorrer expulsão do dispositivo ou perfuração uterina durante a inserção. É importante discutir com o médico os riscos e benefícios antes de optar por essa forma de tratamento.

5. Quando não deve ser usado?

Existem situações específicas em que o uso do DIU para endometriose é contraindicado. Isso inclui mulheres que possuem anormalidades uterinas significativas, como a presença de grandes fibromas que alteram a cavidade uterina, infecções pélvicas ativas, doenças hepáticas graves ou câncer associado ao hormônio progestágeno. Além disso, mulheres que estão grávidas ou têm suspeita de gravidez não devem utilizar o DIU. É essencial uma avaliação médica detalhada para garantir a segurança e eficácia do tratamento para cada paciente.

6. DIU engorda?

A preocupação com o ganho de peso é comum entre as mulheres ao considerarem tratamentos hormonais, incluindo o DIU para endometriose. No entanto, a evidência científica não suporta diretamente a associação entre o uso do DIU e o aumento significativo de peso. O progestágeno liberado pelo DIU tem ação localizada, e os efeitos sistêmicos são mínimos. Algumas mulheres podem experimentar flutuações de peso devido à retenção de líquidos ou alterações no apetite, mas isso varia de pessoa para pessoa. É importante discutir as preocupações e expectativas com o médico, que poderá fornecer orientações com base no histórico individual de saúde e nas características específicas do tratamento com DIU.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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