Cordocentese: o que é, quando fazer e possíveis riscos

Cordocentese é um exame pré-natal que envolve a coleta de sangue do cordão umbilical para detectar anormalidades genéticas. Realiza-se geralmente após a 18ª semana de gravidez e apresenta riscos como sangramento e infecção.

Quando fazer a cordocentese

A cordocentese, também conhecida como amostragem de sangue do cordão umbilical, é um procedimento de diagnóstico pré-natal que envolve a retirada de uma pequena amostra de sangue do cordão umbilical do feto. Este teste é geralmente recomendado por especialistas quando há necessidade de informações diagnósticas mais detalhadas sobre o feto, que não possam ser obtidas através de outros métodos, como a amniocentese ou a ultrassonografia.

Um momento chave para considerar a realização da cordocentese é quando os resultados de triagens pré-natais sugerem potenciais anormalidades genéticas ou cromossômicas, como a Síndrome de Down, ou quando há suspeitas de infecções intrauterinas. Também é indicada em casos onde o feto apresenta sinais de anemia ou doenças de sangue, permitindo uma avaliação precisa e o planejamento de intervenções necessárias antes do parto.

Outra situação em que a cordocentese pode ser recomendada é quando outras análises genéticas pré-natais mostram resultados inconclusivos ou quando há uma necessidade urgente de obter informações genéticas específicas do feto, por exemplo, em casos de herança de doenças específicas do sangue, como a talassemia ou hemofilia, que podem ser detectadas e quantificadas com precisão através deste exame.

Como é feita a cordocentese

A realização da cordocentese requer alta precisão e é realizada por um especialista em um ambiente controlado, geralmente numa sala de ultrasom. Inicialmente, a gestante passará por uma ultrassonografia, que ajudará o médico a visualizar a posição do feto e do cordão umbilical, guiando a inserção da agulha.

Sob orientação de ultrassom contínua, uma agulha fina é cuidadosamente inserida através da parede abdominal e uterina da mãe, direcionando-a até o cordão umbilical, onde uma pequena amostra de sangue é coletada. Este processo é delicado e requer que a gestante permaneça o mais imóvel possível para evitar complicações.

Após a coleta, o sangue do cordão umbilical é enviado para análise laboratorial, onde são realizados testes específicos para detectar anormalidades genéticas, cromossômicas ou hematológicas. Esses resultados podem fornecer informações vitais sobre a saúde do feto, permitindo aos médicos e aos pais planejarem cuidados ou intervenções necessárias antes ou após o nascimento.

Apesar da complexidade, a cordocentese é um procedimento relativamente rápido, podendo durar de alguns minutos a meia hora, dependendo de diversos fatores como a posição do feto e do cordão umbilical.

Quais são os riscos da cordocentese

Embora a cordocentese forneça informações diagnósticas importantes, é um procedimento invasivo que apresenta alguns riscos, que devem ser cuidadosamente considerados antes de sua realização. Entre os riscos mais citados, estão o sangramento do local onde a agulha é inserida, tanto no feto quanto na mãe, a possibilidade de infecção e, em casos raros, pode haver rompimento do cordão umbilical.

Um dos riscos mais significativos associados à cordocentese é o de perda gestacional. Estudos apontam que o risco de perda fetal relacionado ao procedimento é baixo, mas deve ser levado em consideração. Este risco pode variar dependendo da habilidade do profissional que realiza a cordocentese, da gestação em que é realizada, e da presença de outras condições de saúde maternas ou fetais.

Outra preocupação é a possibilidade de desencadear trabalho de parto prematuro ou rompimento prematuro das membranas. Embora estes sejam eventos raros, são potencialmente graves e exigem que este procedimento seja conduzido com extrema cautela.

É vital que o casal esteja bem informado sobre todos os riscos e benefícios da cordocentese. Antes de decidir realizar este procedimento, é importante ter uma discussão detalhada com o médico ou equipe de saúde sobre as razões para sua realização, as informações que poderão ser obtidas, bem como possíveis cenários pós-diagnóstico. Este diálogo aberto contribui para uma tomada de decisão equilibrada, baseada no bem-estar do feto e das expectativas dos pais em relação ao procedimento.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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