Homens podem permanecer férteis por toda a vida, mas a qualidade do esperma tende a declinar após os 50 anos, afetando a fertilidade.
Índice do Conteúdo
Até que idade o homem é fértil?
Diferente das mulheres, que possuem uma clara marcação do fim da fertilidade com a menopausa, os homens podem continuar produzindo espermatozoides ao longo de quase toda a vida. A questão da fertilidade masculina é complexa e envolve múltiplos fatores, desde a qualidade até a quantidade de espermatozoides produzidos. Estudos sugerem que, apesar de não haver um limite exato de idade para a fertilidade masculina, a qualidade e a mobilidade do esperma tendem a decair gradualmente a partir dos 40 a 45 anos de idade.
Esse declínio na qualidade do esperma pode afetar as chances de concepção, aumentar os riscos de aborto e até influenciar na saúde do bebê. Um estudo publicado no jornal “Human Reproduction Update” aponta que homens com mais de 45 anos têm chances significativamente menores de fertilização e um risco maior de terem filhos com problemas de saúde, como autismo e esquizofrenia. A saúde geral do homem, seu estilo de vida e sua idade contribuem diretamente para o potencial de fertilidade. Assim, cuidados com a alimentação, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de manter uma rotina de exercícios físicos, são aspectos fundamentais para preservar a qualidade do esperma e, consequentemente, a fertilidade masculina.
A queda na fertilidade masculina não é tão abrupta quanto na feminina, permitindo que muitos homens tenham filhos mesmo após os 50 anos. No entanto, é essencial considerar que a idade avançada pode trazer desafios, não apenas para a concepção, mas também para a criação dos filhos. Assim, a decisão de ter filhos em idades mais avançadas deve ser bem pensada, levando em conta tanto os aspectos biológicos quanto os sociais e emocionais.
Como avaliar a fertilidade
Avaliar a fertilidade masculina envolve uma série de exames e avaliações que ajudam a determinar a capacidade de um homem de produzir descendentes. O exame mais comum para essa avaliação é o espermograma, que analisa a quantidade, mobilidade e forma dos espermatozoides. Este teste é fundamental para identificar possíveis problemas que possam estar impactando a fertilidade masculina, como baixa contagem de espermatozoides ou problemas de mobilidade.
Além do espermograma, outros exames podem ser realizados para avaliar a fertilidade do homem. Testes hormonais, por exemplo, podem identificar desequilíbrios nos níveis de testosterona, FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que são cruciais na regulação da produção de espermatozoides. Também podem ser necessários exames de ultra-sonografia para verificar a presença de varicoceles (varizes nos testículos) ou outras anormalidades físicas que possam afetar a fertilidade.
Outro aspecto importante na avaliação da fertilidade é a análise do estilo de vida. O consumo de álcool, tabagismo, uso de drogas recreativas, exposição a toxinas ambientais e o nível de estresse podem afetar negativamente a qualidade do esperma. Da mesma forma, obesidade ou peso excessivamente baixo, assim como doenças crônicas não controladas (como diabetes e hipertensão) podem comprometer a fertilidade masculina.
É importante realizar essas avaliações sob orientação médica para determinar o curso de ação mais adequado, seja para tratamento de problemas específicos identificados, seja para orientações gerais de melhoria da saúde visando à otimização da fertilidade. Em alguns casos, mudanças no estilo de vida, tratamento médico para condições subjacentes ou procedimentos específicos como a ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides) em casos de infertilidade severa, podem ser recomendados.
Conhecer e entender as próprias capacidades reprodutivas é essencial para planejar o futuro familiar. Por isso, a avaliação da fertilidade masculina é um passo importante para muitos casais que desejam ter filhos, especialmente à medida que o homem envelhece. A ciência médica moderna oferece várias ferramentas e técnicas para ajudar a maximizar as chances de concepção e garantir a saúde tanto do pai quanto do filho.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.