Acromegalia e gigantismo: sintomas, causas e tratamento

Acromegalia e gigantismo são distúrbios relacionados ao excesso do hormônio do crescimento, causando o aumento de partes do corpo. Sintomas incluem alargamento ósseo e dores. O tratamento varia de medicamentos a cirurgia.

Acromegalia e gigantismo são duas condições distintas, mas relacionadas, que resultam do excesso de produção do hormônio do crescimento (GH), geralmente devido a um tumor benigno na glândula pituitária chamado adenoma.

Acromegalia

Acromegalia é uma condição que ocorre em adultos quando há produção excessiva de GH após o fechamento das placas de crescimento ósseo (epífises). Como resultado, o crescimento excessivo é predominantemente em tecidos moles e em ossos já maduros, levando a alterações físicas características.

Acromegalia

Sintomas

  • Alterações Faciais:
    • Aumento do maxilar inferior (mandíbula) e do supercílio.
    • Alargamento do nariz.
    • Lábios e língua aumentados.
  • Mãos e Pés:
    • Mãos e pés grandes, com dedos espessos.
  • Pele:
    • Pele espessa e oleosa.
    • Sudorese excessiva.
  • Problemas Articulares:
    • Artrite e dor nas articulações.
  • Outros:
    • Síndrome do túnel do carpo.
    • Dificuldade em respirar durante o sono (apneia do sono).
    • Fadiga e fraqueza muscular.
    • Problemas cardiovasculares, como hipertensão e cardiomegalia (coração aumentado).
    • Resistência à insulina ou diabetes mellitus.

Diagnóstico

  • Exames de Sangue:
    • Medição dos níveis de GH e IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1).
  • Exames de Imagem:
    • Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para detectar o adenoma pituitário.

Tratamento

  • Cirurgia:
  • Medicamentos:
    • Análogos da somatostatina (como octreotida).
    • Agonistas dopaminérgicos (como cabergolina).
    • Antagonistas do receptor de GH (como pegvisomant).
  • Radioterapia:
    • Utilizada quando a cirurgia e os medicamentos não são eficazes.

Gigantismo

Gigantismo é uma condição que ocorre em crianças e adolescentes antes do fechamento das placas de crescimento ósseo. O excesso de GH provoca o crescimento excessivo dos ossos longos, resultando em uma altura anormalmente alta.

Sintomas

  • Crescimento Exagerado:
    • Altura significativamente acima da média para a idade e sexo.
    • Crescimento acelerado dos ossos longos, resultando em braços e pernas desproporcionalmente longos.
  • Características Faciais:
    • Características faciais grossas semelhantes às observadas na acromegalia (se a condição persiste após o fechamento das placas de crescimento).
  • Outros:
    • Dor nas articulações e fraqueza muscular.
    • Problemas cardíacos e pressão alta.
    • Problemas de visão devido ao crescimento do tumor pituitário que pode pressionar os nervos ópticos.
gigantismo

Diagnóstico

  • Exames de Sangue:
    • Medição dos níveis de GH e IGF-1.
  • Exames de Imagem:
    • Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para detectar o adenoma pituitário.

Tratamento

  • Cirurgia:
    • Remoção do adenoma pituitário, se possível.
  • Medicamentos:
    • Análogos da somatostatina, agonistas dopaminérgicos e antagonistas do receptor de GH.
  • Radioterapia:
    • Utilizada quando a cirurgia e os medicamentos não são eficazes.

Quais as complicações

As complicações decorrentes da acromegalia e do gigantismo podem ser significativas devido ao efeito do excesso de GH sobre diversos sistemas do corpo. Complicações cardiovasculares estão entre as mais graves, incluindo hipertensão, cardiomegalia e um aumento do risco de desenvolver doenças cardíacas.

Além disso, pacientes podem experienciar diabetes mellitus tipo 2, devido à resistência à insulina provocada pelos altos níveis de GH. Problemas respiratórios, particularmente apnéia do sono, são também comuns devido ao alargamento dos tecidos moles e obstrução das vias aéreas superiores.

Complicações ósseas e articulares como artrite, aumento do risco de fraturas e deformidades esqueléticas também são preocupações. Não menos importante, o bem-estar psicológico do paciente pode ser severamente afetado, com relatos de depressão e ansiedade frequentemente associados à mudança na aparência física e dor crônica.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico preciso de acromegalia e gigantismo é crucial para um tratamento eficaz. Inicialmente, é feita uma avaliação clínica detalhada das características físicas e dos sintomas. Testes laboratoriais são fundamentais, começando com a medição dos níveis de GH e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) no sangue, que tendem a ser elevados nestas condições.

Um teste de tolerância oral à glicose, no qual altos níveis de GH permanecem mesmo após a ingestão de glicose, pode confirmar o diagnóstico. Além disso, técnicas de imagem, como a ressonância magnética (MRI), são empregadas para identificar e localizar tumores na glândula pituitária.

Como é feito o tratamento

O tratamento visa reduzir a produção de GH, aliviar os sintomas e prevenir as complicações. A abordagem terapêutica pode incluir cirurgia para remoção do tumor pituitário, tratamento medicamentoso e radioterapia.

Os medicamentos mais utilizados são agonistas da dopamina, análogos de somatostatina e antagonistas do receptor de GH, que podem diminuir os níveis de GH e melhorar os sintomas. Em alguns casos, a radioterapia é considerada como opção adicional ou quando a cirurgia não é viável.

O manejo também contempla tratamento sintomático, como controle da dor e medidas para tratar as complicações metabólicas, cardiovasculares e respiratórias. A monitorização regular é necessária para ajustar o tratamento conforme necessário, visando a melhoria da qualidade de vida do paciente.

Este resumo aborda os pontos essenciais sobre acromegalia e gigantismo, destacando sintomas, complicações, diagnóstico e tratamento. Para um exame mais aprofundado, cada seção deve ser expandida, integrando estudos de caso, diretrizes atualizadas de tratamento e considerações sobre o acompanhamento a longo prazo dos pacientes.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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