9 principais sintomas de diabetes gestacional (e o que fazer)

Diabetes gestacional pode incluir sede excessiva, fome frequente, cansaço, visão turva, infecções urinárias repetidas, náusea, pele seca, ganho de peso e sede. Ao notá-los, procure acompanhamento médico para controle glicêmico e dieta equilibrada, visando a saúde da mãe e do bebê.

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Sintomas de Diabetes Gestacional

Diabetes gestacional é uma condição que aparece ou é diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez. Diferentemente de outros tipos, ela pode ter sintomas sutis ou até ser assintomática, tornando a vigilância regular ainda mais crucial. Entre os sintomas mais notáveis, pode-se incluir o aumento inusitado na sede. A mulher grávida pode se encontrar bebendo mais água do que o habitual, um reflexo do corpo tentando regular os níveis de glicose no sangue.

Outro sintoma comum é a urgência urinária aumentada. Isso acontece porque o corpo tenta eliminar o excesso de glicose através da urina, o que leva a um aumento no número de idas ao banheiro. Fadiga inexplicável também pode ser um alerta. Embora a gravidez por si só já cause cansaço, um cansaço extremo sem motivo aparente pode sinalizar que algo mais, como diabetes gestacional, está acontecendo.

Visão turva é outro sintoma que algumas mulheres podem experimentar. O excesso de glicose no sangue pode afetar a habilidade dos olhos de focar, levando a essa condição temporária. Ganho de peso acima do esperado para o período gestacional, sem uma explicação clara na dieta ou nos hábitos de exercício da gestante, também pode ser um indicativo de diabetes gestacional, dado que o corpo não está processando o açúcar adequadamente.

Infecções recorrentes, especialmente infecções do trato urinário ou vaginais por fungos, podem ser mais comuns em mulheres com diabetes gestacional. Isso ocorre devido aos níveis elevados de glicose que favorecem o ambiente para o crescimento de fungos e bactérias. Inchaço anormal das mãos e pés, sem evidência de pré-eclâmpsia, pode igualmente ser um sinal a não ser ignorado.

É importante notar que ter um ou mais desses sintomas não confirma a presença de diabetes gestacional, mas deve ser um impulso para conversar com um profissional de saúde sobre mais testes.

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Como Confirmar o Diagnóstico

Confirmar o diagnóstico de diabetes gestacional é um processo que requer a combinação de testes médicos e acompanhamento profissional. Geralmente, o teste de tolerância à glicose oral é o padrão para diagnosticar essa condição. Realizado entre 24 a 28 semanas de gravidez, esse teste envolve a ingestão de uma solução açucarada e medições de glicemia em intervalos específicos.

Antes do teste de tolerância à glicose, um teste de glicemia em jejum pode ser feito como parte do acompanhamento pré-natal. Se os valores forem elevados, mas não o suficiente para uma diagnóstico de diabetes gestacional, o teste de tolerância à glicose se faz necessário. A medida da hemoglobina glicada também pode fornecer informações valiosas, mostrando os níveis médios de glicose no sangue nos últimos dois a três meses, embora não seja o principal teste para diagnosticar diabetes gestacional.

O histórico médico e os fatores de risco da gestante também são considerados. Fatores como obesidade pregestacional, histórico familiar de diabetes e idade materna avançada podem contribuir para um risco aumentado de desenvolver diabetes gestacional. Após o diagnóstico, o acompanhamento cuidadoso ao longo da gestação é essencial para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê.

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O que Fazer

Após o diagnóstico de diabetes gestacional, a adoção de um plano de cuidados adequado é crucial. O acompanhamento regular com um profissional de saúde dedicado, como um endocrinologista gestacional ou um obstetra especializado, deve ser prioridade. Mudanças dietéticas são frequentemente necessárias, com enfoque em uma dieta equilibrada rica em nutrientes e baixa em alimentos processados e açúcares simples. A introdução de fibras, proteínas e gorduras saudáveis pode ajudar a estabilizar os níveis de glicose.

Exercício físico leve a moderado, conforme recomendado pelo médico, também é uma parte crucial do manejo da diabetes gestacional. Atividades como caminhada, natação ou ioga pré-natal podem ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue e promover o bem-estar geral. Em alguns casos, a medicação, como a insulina, pode ser necessária para manter os níveis de glicose sob controle. A automonitorização dos níveis de glicose no sangue será uma parte essencial do dia a dia, permitindo ajustes imediatos no estilo de vida ou na medicação quando necessário.

Educação sobre diabetes gestacional, incluindo como monitorar a glicose no sangue, reconhecer sinais de hipoglicemia ou hiperglicemia, e entender a importância do controle glicêmico, é fundamental. O apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas, enfermeiros especializados e, se necessário, conselheiro psicológico, pode fazer uma diferença significativa na experiência da gestante e nos resultados de saúde.

A preparação para o parto também deve considerar o manejo da diabetes gestacional, com planos específicos para monitoramento e controle da glicemia durante o trabalho de parto. Após o nascimento, a monitorização continua a ser importante, pois a diabetes gestacional pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro, tanto para a mãe quanto para a criança.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, sempre consulte um médico.

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