Criadora do ChatGPT anuncia GPT-4, capaz de gerar textos de até 25 mil palavras

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A inteligência artificial (IA) por trás do ChatGPT -robô capaz de gerar textos sobre diversos assuntos- ganhou uma versão mais segura e precisa nas respostas, chamada GPT-4, de acordo com anúncio da startup OpenAI desta terça-feira (14).

O modelo anterior tinha um limite de 3.000 palavras por texto gerado -o novo entrega artigos coerentes com até 25 mil palavras.

Esse recurso, porém, não está disponível em uma interface aberta, como o ChatGPT. Os assinantes do plano ChatGPT Plus, disponível por US$ 20, já têm acesso à nova tecnologia. Demais usuários podem se inscrever em uma lista de espera para ter acesso à versão para desenvolvedores da inteligência artificial.

O GPT-4 era antecipado pelo setor da tecnologia como um passo em direção à inteligência artificial geral, quando a máquina passaria a se comunicar melhor do que humanos.

De acordo com a OpenAI, o GPT-4 entrega respostas similares ao ChatGPT, que era equipado com o GPT-3.5. A diferença estaria em detalhes, como menor chance de cometer erros factuais e entregar respostas perigosas. O ChatGPT, por exemplo, gera biografias de personalidades com erros grosseiros e pode dar informações de como sintetizar substâncias perigosas ao homem.

A nova tecnologia tem 82% menos chance de dar réplicas que ferem as diretrizes da empresa e 45% de chances maiores de entregar uma resposta factual. O ChatGPT, em tese, não pode reproduzir discurso de ódio ou incentivar violência, crimes e pornografia.

Esses erros persistem, de acordo com a startup. O presidente da OpenAI, Greg Brockman, afirmou na tradicional conferência de tecnologia SXSW, no Texas, que lançar as inteligências artificiais com algumas falhas é fundamental para avançar neste campo do conhecimento. Google e Microsoft, que lideravam a disputa no desenvolvimento de produtos de IA, adiaram lançamentos para evitar riscos nos últimos anos.

O novo robô da OpenAI foi treinado nos supercomputadores Azure AI da Microsoft. A big tech fez um aporte de US$ 10 bilhões na startup para ter acesso a recursos de inteligência artificial.

Segundo a OpenAI, o treinamento do GPT-4 foi encerrado em agosto de 2022. Desde então, o robô passa por um processo de pós-treinamento para evitar comportamentos inadequados. A versão do GPT-3.5 instalado no buscador Bing, por exemplo, já paquerou um colunista do New York Times, após uma longa conversa.

A OpenAI não divulgou quantos parâmetros de aprendizado tem o GPT-4, que tem acesso a informacões factuais de até setembro de 2021. A versão anterior, GPT-3, seguia 175 bilhões de regras para entregar a resposta mais provável.

Uma novidade no GPT-4 é a capacidade de interpretar imagens. Segundo a divulgação da OpenAI, é possível mostrar ao robô uma imagem de um homem com a mão cheia de balões de hélio e perguntar o que aconteceria se as os cordões que prendem as bexigas fossem cortados. A IA responderia que os balões flutuariam em direção ao céu.

A habilidade com desafios lógicos são a principal melhoria do novo robô, segundo a startup. O ChatGPT era capaz de ser aprovado entre os piores bacharéis em direito dos Estados Unidos em uma prova admissional análoga a OAB, enquanto o GPT-4 é capaz de ficar entre os 10% melhores desse grupo.

O ChatGPT também apresentava dificuldades no cálculo de expressões matemáticas, o que reduzia sua habilidade em ciências exatas. O GPT-4 ainda erra neste quesito, mas se sai substancialmente melhor em testes de física e química, segundo relatório da OpenAI.

Autor(es): PEDRO S. TEIXEIRA / FOLHAPRESS

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