Telecoms querem facilitar conexões a rede para empresas

BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) – Empresas de telecomunicações lançaram uma série de serviços que permitirão a outras empresas o acesso direto a funcionalidades e dados das redes de telefonia a programadores.

A iniciativa, batizada de “open gateway” foi anunciada nesta segunda-feira (27) no Mobile World Congress, evento de tecnologia que acontece nesta semana em Barcelona. A parceria foi guiada pela GSMA, entidade que congrega as teles e organiza o evento.

Trata-se da disponibilização de APIs (sigla em inglês para interface para programação de aplicações), canais que permitem a comunicação entre sistemas de informática, para possibilitar ligação direta com os serviços da rede.

Inicialmente, o serviço será oferecido por um consórcio de 21 empresas, que incluem América Móvil (dona da Claro), Telefónica (Vivo) e Tim.

Essas APIs já estão sendo usadas pelas próprias operadoras para melhorar as conexões entre elas. Oito serviços já foram lançados, que incluem, por exemplo, soluções para veículos autônomos, para combater clonagem de chip, saber se um telefone está em roaming, ou localizar um aparelho. Novas opções serão lançadas no futuro.

Agora, outras empresas poderiam aplicativos sistemas para atuar diretamente com essas funções. Na prática, as teles também esperam uma conectividade melhor que permitiria, por exemplo, fazer um show com músicos tocando de diferentes locais.

“Desenvolvedores podem usar a tecnologia uma vez para serviços de identificação, cibersegurança ou cobrança, com o potencial de se integrar a todas as operadoras do mundo [de uma vez]”, diz Mats Granryd, diretor-geral da GSMA.

A ideia representa uma nova frente de negócios para as empresas de telecom, vem em um momento em que o setor reclama de achatamento da receita, ao passo que a demanda por tráfego de dados e investimentos, com o 5G, decolam.

Na abertura do evento, nesta segunda, representantes do setor de telefonia citaram as transformações tecnológicas esperadas para os próximos anos para pedir a chamada “partilha justa” nos investimentos feitos na rede com as grandes empresas de tecnologia. Ou seja, dividir parte dos custos com as plataformas.

Autor(es): RAPHAEL HERNANDES / FOLHAPRESS

Sobre o autor da postagem:

Picture of Conexão Jornalismo

Conexão Jornalismo

Com a Missão de levar notícia e informação para os leitores, a Conexão Jornalismo trabalha com as melhores fontes de notícias e os melhores redatores.

Fique por dentro:

nos siga no google news

Compartilhe:

Facebook
Pinterest
Twitter
LinkedIn
WhatsApp