Sexta-feira, 27 de Março de 2020
Apesar do Brasil, América do Sul tem resistido ao vírus
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Por Fábio Lau
Apesar de no Brasil haver um presidente que quer relaxar em uma das principais medidas usadas em todo o mundo para conter o vírus Covid-19, o continente Sul Americano é um oásis se comparado ao que ocorre na Ásia, Europa e América do Norte.
Os 12 países do continente (Guiana Francesa não entra por ser território ultramarino) concentram 7.810 casos registrados da doença e com um resultado morte de 140 registros.
A América do Sul concentra hoje 1,4% do total de infectados em todo o mundo e apenas 0,6% do total de mortos do mundo. A África, onde a presença do vírus se deu mais lentamente, começa a contabilizar mortos. Dos 52 países, 42 já registraram o covid-19. Foram 80 mortes em todo o continente até esta quinta-feira (26) e mais de mil casos registrados.
Brasil: liderança negativa
O Brasil, sozinho, concentra 30% dos casos de contaminação e 50% dos óbitos.
Veja como é o cenário em cada uma das nações da América do Sul:
Argentina - 589 casos e 9 mortes
Bolívia - 61 casos e nenhuma morte
Brasil - 2988 e 77 mortes* (mas há suspeitas de subnotificação -
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Chile - 1306 casos e quatro mortos
Colômbia - 491 casos e seis mortes
Equador - 1403 pessoas contaminadas e 34 óbitos
Guiana - 28 casos e nenhuma morte
Paraguai - 11 casos e nenhuma morte
Peru - 580 casos e 9 mortes
Suriname - 8 casos e nenhum óbito
Uruguai - 238 casos e nenhuma morte registrada
Venezuela - 107 registro e apenas uma morte
Em todos os países, a decisão governamental para combater o vírus consistiu em seguir a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estabelece o isolamento de cidades e a interrupção do fluxo de pessoas em locais de grande circulação. A argentina, com seus 44 milhões de habitantes, foi a primeira nação do continente a adotar o modelo de confinamento e fechamento das fronteiras com as nações vizinhas. O Brasil, por outro lado, foi o último.
Numa projeção sem base científica, e sem considerar variáveis como clima e modelo habitacional, mas a título de comparação, o país de Alberto Fernandez, caso tivesse um índice populacional semelhante ao brasileiro, teria hoje 2.300 casos registrados e 34 mortes - 50% da realidade brasileira.
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